O que esperar da nova busca do Facebook

Atualizado em 29 de janeiro de 2013 às 18:25

Com o Graph Serch, o site de Mark Zuckerberg pretende roubar o trono do Google.

A database da ferramente é composta pelos posts e likes dos seus amigos
Sua database é composta pelos posts e likes dos amigos de cada usuário

O Facebook anunciou, na semana passada, a sua nova ferramenta de buscas — o Graph Search. Aqui no DCM nós já havíamos feito esta aposta em setembro. E acertamos em bastante coisa. Afinal, se o Google quer concorrer com o Facebook nas redes sociais, nada mais natural do que o site de Mark Zuckerberg retribuir a gentileza, certo? Além disso, o lançamento desta ferramenta é muito importante para a empresa, que se encontra em problemas desde sua abertura na bolsa de valores, onde chegou a perder mais que a metade de seu valor em alguns dias.

Antes de mais nada, vou explicar como o Graph Search funciona. A princípio nada vai mudar no layout do Facebook. As pesquisas continuarão  na barra superior do site, como é feito hoje. Quanto aos resultados, eles serão diferentes àqueles encontrados no Google. Isso porque o Graph Search é uma busca, digamos assim, social. Em vez de procurar informações em páginas externas, ela vai analisar os posts e dados dos seus amigos virtuais.

Exemplo? Você pode ir atrás de “Loiras de 20 anos que moram perto de mim” ou “Dentista preferido dos meus amigos”. E caso ele não encontre nada, te dará opções do Bing, o sistema de buscas da Microsoft.

Pode-se dizer, então, que o Graph Search é uma espécie de serviço complementar ao Google. Se você quer uma receita de drink ou notícias sobre o seu time, por exemplo, o gigante das buscas continuará sendo a melhor opção. Agora, se você está atrás de uma sugestão de bar ou restaurante, o que poderia ser melhor do que posts dos seus amigos com fotos e opiniões dos estabelecimentos? Pois é. Bem melhor do que confiar na crítica de um site X sugerido pelo Google.

O Graph Search tem um imenso potencial de sucesso exatamente por essa razão: o database são os seus amigos. Então cada like, comentário ou foto só aumentará a capacidade e a quantidade de conteúdo da ferramenta, que com o passar do tempo ficará cada vez mais inteligente.

Agora, como a versão beta do Graph Search ainda não foi liberada, restam dúvida em relação ao serviço. A primeira — e mais importante — é se terá versão em português. É provável que sim, uma vez que o Brasil é o segundo maior mercado mundial do Facebook. Em segundo vem a privacidade: quanto eu poderei me esconder desse sistema de buscas? Espero que totalmente, se for meu desejo. E, por último, quando ele vai ao ar? E o aplicativo de smartphones contará com este recurso? São questões que apenas o tempo responderá.

Ele está de olho na vaga do Google
Depois de dominar as redes sociais, ele agora está de olho no mercado de buscas do Google
Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.