Por Francisco Teixeira, professor titular de História Contemporânea da UFRJ e autor (com Karl Schurster) do livro ‘A República Sitiada’ e do ‘Dicionário de História Militar do Brasil’
A Federação Russa declarou hoje, na fala anual do presidente Putin, o “congelamento” da participação russa no Acordo New START (Strategic Arms Reduction Treaty, ou Tratado de Redução de Armas Estratégicas).
O que não é dito nas mídias ocidentais:
- A não participação e contagem dos mísseis e ogivas nucleares do Reino Unido e da França, cujo alvo é a Federação Russa;
- A recusa de um compromisso da OTAN de não participar das vistorias na Rússia (é uma aliança anti-russa);
- A negativa de qualquer compromisso dos Estados Unidos em não fornecer a terceiros – leia-se a Ucrânia – a localização das instalações nucleares russas.
Ante as negativas do governo Biden, a Rússia “congela” sua participação no New START. E o mundo se torna um lugar mais perigoso.