O que está por trás do elogio de Alckmin ao “jeitão” de Datena. Por Ramiro César

Atualizado em 16 de junho de 2018 às 19:56
Datena

POR RAMIRO CÉSAR

A notícia da provável candidatura de Datena a Senador ou até mesmo a presidência da República não despertou maior interesse de setores da mídia.

Uma candidatura dada como certa por quem entende do assunto, o substituto de Tiririca na categoria candidato/personagem, Datena tem usado de sua conhecida e habilidosa verve para iludir incautos.

Candidatíssimo desde sempre, filiou-se ao DEM com o compromisso de candidatar-se a senador pela legenda e aguarda os últimos segundos do prazo legal para despir-se do personagem da TV e fantasiar-se de candidato que representa o novo, o outside, o defensor dos brasileiros sofridos e indignados.

A engenharia que possibilitou a candidatura Datena é conhecida nos corredores da Band. Primeiro, trouxe o seu filho Joel para ocupar e garantir o seu lugar (e patrocínios) no programa policialesco que explora as tragédias do dia a dia que apresentava diariamente, estreou um programa dominical aumentando a sua presença na TV e atingindo um novo público, ampliando a sua base de conhecimento junto ao eleitorado. Se a candidatura dará certo ou não, pouco importa. Após a campanha eleitoral, vencedor ou vencido, Datena poderá voltar ao ar e seguir com seus programas.

Enquanto isso, com a matéria de ontem no Estadão, aumenta a pressão sobre Geraldo Alckmin ao deixar no ar a possibilidade de disputar a presidência da República.

Vamos aguardar os próximos episódios.