“O que importa é saber a nacionalidade do paciente”, diz Lula em relançamento do Mais Médicos

Atualizado em 20 de março de 2023 às 15:17
O presidente Lula durante anúncio da retomada do programa Mais Médicos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante o relançamento do programa Mais Médicos nesta segunda (20), Lula disse que a prioridade para profissionais de saúde brasileiros, mas que, “se for preciso”, serão convocados estrangeiros. A retomada do projeto ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto.

“O que importa para nós não é saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente”, afirmou o presidente. Ele disse ainda que será oferecido um incentivo para revalidação de brasileiros formados no exterior, financiando pelo menos 50% da prova de quem precisar.

O petista afirma que o foco do programa são os brasileiros “formados adequadamente” no país, mas que os médicos com formação no exterior podem ser chamados na falta dos que concluíram a formação no Brasil.

“Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui. Se não tiver, vamos fazer chamamento para que médicos estrangeiros ocupem esta tarefa”, prosseguiu.

O presidente lembrou dos ataques feitos a profissionais de Cuba, que foram protagonistas da primeira versão do programa. Ele diz que os médicos mereciam desculpas pela forma como foram tratados. “Tentaram acabar com o Mais Médicos. Venderam toda uma imagem negativa de forma pejorativa e não tiveram sequer a vergonha de pedir desculpas aos médicos cubanos que foram embora deste país”, aponta.

O programa prevê que até 28 mil profissionais sejam fixados no país até dezembro, com foco em áreas de extrema pobreza. A ideia é que 96 milhões de pessoas tenham garantia de atendimento médico na atenção primária em unidades básicas de saúde.

Poderão participar dos editais do projeto profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros com formação no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro no Ministério da Saúde.

A retomada teve a abertura de 15 mil novas vagas: cinco mil serão abertas já em março e as outras serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, garantindo às gestões estaduais menor custo e maior agilidade na reposição de profissionais. O investimento será de R$ 712 milhões por parte da União somente em 2023.

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