O que leva Alexandre Garcia, cujo filho foi encontrado morto no apartamento, a tripudiar sobre o suicídio de Alan Garcia?

Atualizado em 18 de abril de 2019 às 15:09
Alexandre debocha do suicídio de Alan Garcia

Alexandre Garcia achou por bem fazer troça do suicídio do ex-presidente do Peru.

Alan Garcia deu um tiro na cabeça quando a polícia bateu em sua porta tentando cumprir um mandado de prisão.

“Alan Garcia, amigo da Odebrecht, morreu de vergonha”, escreveu Alexandre.

Independentemente da inocência ou culpa de Garcia no caso investigado — o pagamento de US$ 100 mil por uma palestra que ele deu na Fiesp —, que sentido tem Alexandre tripudiar sobre essa tragédia?

Em que momento ele achou razoável debochar do homem?

Pelo fato de ser inimigo, pode-se ultrapassar o limite da decência?

Onde entram os valores cristãos dos quais Alexandre vive se jactando nesse escárnio?

Não é a primeira vez que o ex-porta-voz do general Figueiredo faz um julgamento absoluto sobre uma decisão pessoal, intransferível, desesperada e insondável.

No ano passado, decretou o mesmo motivo para a decisão de Getúlio Vargas de disparar contra o coração.

“Neste 24 de agosto faz 64 anos que um Presidente da República cometeu suicídio, envergonhado ao tomar conhecimento de que sua guarda pessoal tentara matar um jornalista crítico”, afirmou.

E se alguém se pusesse a especular sobre o filho de Alexandre, Gustavo Nunes Garcia, encontrado morto aos 27 anos em novembro de 2014, madrugada de um domingo, no apartamento em que morava com a mãe em Brasília?

A causa não foi divulgada.

O velório e enterro aconteceram na tarde daquele dia. A família, compreensivelmente, estava devastada.

Gente sem coração, sem alma e sem caráter atacou Alexandre Garcia no que foi, presumo, sua pior hora, bem como dos seus.

A vergonha é de quem faz isso.