O que o chanceler José ’23 milhões’ Serra vai responder para Bernie Sanders? Por Paulo Nogueira

Atualizado em 9 de agosto de 2016 às 9:55
Serra numa montagem do Intercept Brasil
Serra numa montagem do Intercept Brasil

O que o chanceler José ’23 milhões’ Serra vai responder para Bernie Sanders?

Sanders, o grande nome da campanha presidencial americana, exigiu do governo dos Estados Unidos que se pronuncie claramente contra o golpe em curso no Brasil.

Foi mais uma demonstração extraordinária de quanto o golpe é rejeitado e desprezado no mundo.

Apenas para recapitular, a desmoralização foi selada na medonha sessão da Câmara que, sob Eduardo Cunha, aprovou o impeachment. O planeta viu aqueles corruptos abraçados a bandeiras dizerem sim em nome de coisas bizarras, num espetáculo dantesco de hipocrisia.

Eram corruptos afastando uma mulher que combatia a corrupção como se fossem eles os paladinos da moralidade.

Não adiantaram os esforços patéticos da mídia brasileira de vender para a fora a ideia de uma “ação constitucional”. No golpe fracassado na Turquia, um líder político local disse que eles não eram uma republiqueta sul-americana.

Foi uma bofetada cruel no Brasil — mas merecida, dadas as circunstâncias.

E agora chega Sanders, com sua voz poderosa e respeitada.

A plutocracia achou que poderia dar um golpe sem consequências morais na cena internacional. A Globo montaria uma farsa e a comercializaria, como se fosse uma novela, ao planeta.

Não deu certo.

Retrocedemos décadas aos olhos globais. Finda a ditadura, começou um trabalho de respeitabilidade que se acentuou nos anos de Lula, quando o Brasil foi louvado como um exemplo de país bem sucedido no enfrentamente da desigualdade social.

Foi neste ambiente de reconhecimento que o Brasil ganhou o direito de ser sede da Copa e das Olimpíadas.

Isso tudo foi pelos ares, como confirmou espetacularmente a manifestação de Bernie Sanders.

Pessoalmente, gostaria de ver Serra respondendo a Sanders. Mas sei que ele é covarde demais, pequeno demais, canalha demais para se opor a um cidadão eminente dos Estados Unidos.

Sua cara de mau está reservada a venezuelanos, bolivianos e africanos em geral.