O que o gráfico do Datafolha não mostra: Haddad cresceu 1% ao dia. Por Fernando Brito

Atualizado em 14 de setembro de 2018 às 21:53

 

Publicado no Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Não acredite que o resultado que o gráfico aí de cima, do G1, seja muito bom para Fernando Haddad.

Não é: é espetacular.

Qualquer aluno de segundo grau verá que há um erro básico no gráfico: a distância entre a primeira pesquisa (22/08) e a segunda (10/09) é de 19 dias e entre esta e a de hoje 14/10 são quatro dias e ambas estão representadas com intervalo igual, quando o primeiro deveria ser mais que o quádruplo do segundo.

Haddad cresceu, no primeiro intervalo, em média, 0,25% ao dia, o que dá um ganho de 367,5 mil eleitores ao dia, considerado o eleitorado de 147 milhões de brasileiros com direito a voto.

No segundo, cresceu 1% ao dia, ou 1,47 milhão de eleitores a cada 24 horas.

Neste mesmo período, Bolsonaro cresceu 0,5% diários, mesmo com toda a publicidade e justa apreensão com seu estado de saúde delicado. Em números, ganhou 735 mil eleitores a cada 24 horas.

Num gráfico correto- quem for bom em Excel que se habilite –  o ângulo da linha de ascensão de Fernando Haddad é o dobro do de Bolsonaro, mas isso não é destacado.

Ainda assim, o resultado é inquestionável e mostra que há um embate a ser travado entre Haddad e Bolsonaro.

O percentual de Ciro é importante menos pelo que ele revela de possibilidades de sucesso do candidato do PDT e mais pelo que traduz de votos antibolsonaro que se somarão aos de Haddad. mais cedo ou mais tarde, para enfrentar o bolsonarismo.

Marina Silva e Geraldo Alckmin disseram adeus à disputa. Ficarão como resíduos, apenas.

A hora da verdade se aproxima.