O que os movimentos sociais e partidos de esquerda planejam para o 1º de maio. Por José Cássio

Atualizado em 27 de abril de 2016 às 11:03

Sé

 

As centrais sindicais e partidos de esquerda que atuam na defesa dos trabalhadores estão divididos politicamente em relação às comemorações do 1º de Maio, neste domingo.

São Paulo reunirá três eventos: um em defesa da presidente Dilma Rousseff, outro favorável ao impeachment e um terceiro propondo eleições gerais com a finalidade de “varrer o lixo que está aí”.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai armar palco no Vale do Anhangabaú, juntamente com a Frente Brasil Popular.

O ato, chamado de “Assembleia Popular da Classe Trabalhadora contra o Golpe, na Defesa da Democracia e Por Nossos Direitos” está programado para às 10h.

O foco da CUT é a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas e da permanência de Dilma.

A Central, que entre outras entidades terá apoio do PCO (Partido da Causa Operária e do PT) confirma a presença de líderes políticos e cantores consagrados como Beth Carvalho, Martinho da Vila, Detonautas, Chico César e Luana Hansen.

A Força Sindical fará evento na praça Campo de Bagatelle, zona Norte da cidade, às 9h, com o tema “Gerar empregos e garantir direitos”.

Entre os artistas confirmados estão Michel Teló, Paula Fernandes, MC Biel e o grupo Art Popular.

Além disso, a Força Sindical realizará o sorteio de 19 carros zero quilômetros. A Central fala em mudanças na política, na economia e defende a geração de empregos, a garantia de direitos trabalhistas e a não à retirada de direitos na reforma da previdência.

O presidente nacional da Força Sindical, Paulinho da Força (Solidariedade) integra a tropa de choque do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Paulinho, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) num processo de corrupção que apura desvio de recursos no BNDES, votou a favor do afastamento da presidente na votação do dia 17 de abril.

Fará o papel de mestre de cerimônias para golpistas do PSDB – Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin são aguardados – e outros partidos de direita – a única dúvida até o início da semana era sobre a presença da ex-prefeita e atual senadora Marta Suplicy.

Apesar de ter virado casaca, Marta teme as tradicionais vaias do 1° de Maio, já que entre ela e a peonada da Força nunca rolou uma química bacana.

Por fim, o PSTU com a Central Sindical Popular Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação planejam ato para 15 mil pessoas, às 9h, na Av. Paulista, segundo o presidente nacional do partido, Zé Maria.

A proposta é fazer uma manifestação alternativa aos atos da CUT e da Força Sindical. Segundo Zé Maria, a manifestação é independente do governo e de sua oposição.

Greve geral e eleições gerais são as pautas defendidas pelo PSTU, que protesta contra Dilma, Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Aécio Neves sob o mote “Fora todos eles”.

Para quem gosta de política e agitação popular, o domingo vai se divertido em São Paulo, com opção para todos os gostos.