
O presidente Lula (PT) deve se reunir com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) antes de anunciar o nome escolhido para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações do Globo.
Apesar das consultas, aliados afirmam que a decisão final será exclusivamente de Lula, que pretende manter o controle político sobre a indicação.
Segundo auxiliares do Planalto, Lula considera importante ouvir diferentes setores do Judiciário e do Senado, mas não abre mão de escolher alguém de sua confiança pessoal e política. O gesto de conversar com Alcolumbre é visto como um movimento estratégico, já que a sabatina e a aprovação do indicado dependem do Senado.
A avaliação entre aliados é que Lula já definiu o nome de Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), e deve oficializá-lo nos próximos dias. Embora uma ala do STF e parte do Senado defendam a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente teria se inclinado por Messias por considerar seu perfil técnico e leal ao governo.

Encontro com ministros do STF
Na noite de terça-feira, Lula se reuniu com ministros do Supremo para ouvir opiniões sobre o sucessor de Barroso. Estiveram presentes Gilmar Mendes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, além dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Rui Costa (Casa Civil).
De acordo com relatos, os ministros defenderam que a escolha recaia sobre um nome de “peso”, capaz de preservar a autoridade e o equilíbrio institucional da Corte.
Apoio político no Senado
A expectativa é que, ao se reunir com Alcolumbre, Lula já tenha o nome definido e leve a decisão como um fato consumado. O presidente, no entanto, precisa do apoio do senador, que tem defendido a indicação de Pacheco, para garantir a aprovação do escolhido.
O indicado ao STF passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisará de pelo menos 41 votos no plenário do Senado para ser confirmado no cargo.