O senador que vai se reunir com Lula para falar sobre o STF

Atualizado em 16 de outubro de 2025 às 12:10
Lula, presidente do Brasil, e Davi Alcolumbre, do Senado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) deve se reunir com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) antes de anunciar o nome escolhido para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações do Globo.

Apesar das consultas, aliados afirmam que a decisão final será exclusivamente de Lula, que pretende manter o controle político sobre a indicação.

Segundo auxiliares do Planalto, Lula considera importante ouvir diferentes setores do Judiciário e do Senado, mas não abre mão de escolher alguém de sua confiança pessoal e política. O gesto de conversar com Alcolumbre é visto como um movimento estratégico, já que a sabatina e a aprovação do indicado dependem do Senado.

A avaliação entre aliados é que Lula já definiu o nome de Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), e deve oficializá-lo nos próximos dias. Embora uma ala do STF e parte do Senado defendam a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente teria se inclinado por Messias por considerar seu perfil técnico e leal ao governo.

O plano desesperado de aliados de Bolsonaro para barrar Jorge Messias no STF
O presidente Lula (PT) e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Foto: Reprodução

Encontro com ministros do STF

Na noite de terça-feira, Lula se reuniu com ministros do Supremo para ouvir opiniões sobre o sucessor de Barroso. Estiveram presentes Gilmar Mendes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, além dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Rui Costa (Casa Civil).

De acordo com relatos, os ministros defenderam que a escolha recaia sobre um nome de “peso”, capaz de preservar a autoridade e o equilíbrio institucional da Corte.

Apoio político no Senado

A expectativa é que, ao se reunir com Alcolumbre, Lula já tenha o nome definido e leve a decisão como um fato consumado. O presidente, no entanto, precisa do apoio do senador, que tem defendido a indicação de Pacheco, para garantir a aprovação do escolhido.

O indicado ao STF passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisará de pelo menos 41 votos no plenário do Senado para ser confirmado no cargo.