O silêncio dos jornalões brasileiros diante dos crimes de Israel. Por Moisés Mendes

Atualizado em 16 de maio de 2021 às 16:20
A fumaça sobe após ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza em 14 de maio de 2021. (Agência Ali Jadallah / Anadolu via Getty Images).

Por Moisés Mendes:

Pesquisei os editoriais e outros textos de opinião de ontem e de hoje de Folha, Globo e Estadão, para saber o que teriam escrito como condenação aos ataques covardes de Israel ao prédio da Al-Jazeera e outros veículos internacionais em Gaza.

Não há uma linha, uma só. A farsa do discurso da liberdade de imprensa é contida pela ideologia. Nem farsantes das liberdades os jornais conseguem ser numa hora dessas.

A direita das corporações de imprensa no Brasil só defende liberdades quando a guerra é contra as esquerdas.

A grande imprensa brasileira já não defendia nem as crianças nem os idosos de Gaza. Imaginem se iria defender o jornalismo massacrado pelos criminosos de Israel.

Israel quer destruir o jornalismo, para que as atrocidades resultantes das suas bombas contra Gaza não sejam divulgadas.

A grande imprensa brasileira passa, pelo silêncio, a ser cúmplice dos ataques de Israel à imprensa internacional que atua em Gaza.

Ao invés defender a imprensa internacional, a imprensa dos jornalões defende os criminosos.