O STF afirma: há partes do território que o Estado não controla. Por Gilberto Maringoni

Atualizado em 28 de maio de 2022 às 21:44
Luiz Fux tem olhar sério, cabelos grisalhos, está sentado em uma das cadeiras do plenário do STF.
Ministro Luiz Fux, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Por Gilberto Maringoni

Numa semana repleta de casos vergonhosos para o país, eis que surge uma vergonha oficializada pelo Estado.

O protagonista da vergonha maiúscula é o ministro Luiz Fux, indicado pelo PT ao STF, sabe-se lá por quais predicados. Fux dirige um dos poderes da República e notabilizou-se pelo desassombro com que defende ganhos sempre adicionais para sua – digamos – categoria.

EIS O CASO: O presidente do STF decidiu cancelar uma palestra agendada para 3 de junho em Bento Gonçalves (RS), diante de protestos de empresários bolsonaristas associados ao CIC (Centro da Indústria, Comércio e Serviços). A conferência intitulada “Risco Brasil e segurança jurídica” seria realizada na sede da CIC. Segundo o site Poder 360, “Empresários ligados à entidade protestaram contra a presença do ministro”.

Em nota, o comando do poder Judiciário alega que o cancelamento se deu “por recomendação da equipe de segurança do STF. Mais adiante lê-se: “No caso de Bento Gonçalves, a palestra coincidiria com a montagem de um grande evento naquele município. Considerando que a segurança não teria como controlar o acesso e o trânsito dos convidados, a Secretaria de Segurança do STF contra-indicou a ida do Ministro Fux”.

Vamos dar o desconto da possível covardia do excelentíssimo Ministro. Ele não está sozinho nessa seara. Seu colega, Edson Fachin – também indicado pelo PT – já recuou diante de um mero tuíte de general golpista.

Estamos diante de algo gravíssimo! O Supremo Tribunal Federal está dizendo ao país que o poder de Estado é incapaz de controlar integralmente nosso território! Há um pedaço dele sob domínio de outra força.

Ficará por isso mesmo? O presidente Luiz Fux baixará a cabeça para um bando regional? Abdicará ele de uma prerrogativa garantida pelo Estado brasileiro a ferro e fogo desde a Independência, que é a unidade territorial? Foi decretado o caos como política oficial?

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link