
O ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou a aliados e advogados o desejo de comparecer pessoalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar seu julgamento na Primeira Turma da Corte, no âmbito do inquérito do golpe. O presidente do colegiado, Cristiano Zanin, já decidiu quais serão as datas para a análise do caso.
Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, advogados e assessores de Bolsonaro recebem bem a ideia de que ele permaneça na Corte durante o julgamento, mas demonstraram uma preocupação: seu estado de saúde.
“Não sabemos como ele vai ficar horas em um julgamento com crise de soluço e com vômito”, disse um aliado sob reserva. Bolsonaro tem relatado episódios recorrentes desses sintomas e chegou a pedir aval do Supremo para receber médicos em prisão domiciliar.

Ele passou por exames no hospital DF Star, em Brasília, no último sábado (16) para investigar recentes episódios de tosse, febre e refluxo. A instituição afirmou que existem resquícios de inflamações no seu sistema digestivo e pulmões.
“A endoscopia mostrou persistência da esofagite e da gastrite, agora menos intensa, porém, com a necessidade de tratamento medicamentoso contínuo”, disse a equipe médica em boletim.
Desde 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, mas a lei lhe garante o direito de assistir presencialmente ao julgamento no STF. Essa possibilidade já foi exercida em maio, quando ele compareceu à Corte para acompanhar a oitiva de testemunhas no mesmo processo.
O ex-presidente também acompanhou o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e 7 aliados pela trama golpista, em março.