
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (24), para a realização de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral. A expectativa é que ele permaneça no hospital por um período de 5 a 7 dias, conforme informou a equipe médica responsável pelo procedimento.
O inelegível condenado deve passar por uma recuperação cuidadosa, incluindo acompanhamento de feridas, fisioterapia e prevenção de trombose. De acordo com o cirurgião-geral Claudio Birolini, a cirurgia de Bolsonaro é considerada eletiva, ou seja, programada com antecedência e sem urgência.
O médico explicou que a operação ocorrerá na manhã de quinta-feira (25) e, após o procedimento, o tempo de internação será reavaliado. “A cirurgia não será laparoscópica devido a aderências de cirurgias anteriores”, detalhou Birolini.
O histórico clínico de Bolsonaro, com várias intervenções no abdômen, contribuiu para o surgimento da hérnia. A equipe médica também está investigando alternativas para tratar uma condição que tem incomodado Bolsonaro: crises frequentes de soluço.
Birolini explicou que, apesar de a cirurgia de hérnia não atuar diretamente sobre as crises, os médicos consideram um procedimento anestésico para bloquear o nervo frênico, o que poderia interromper os soluços. “Esse procedimento é relativamente seguro e será reavaliado após a cirurgia”, acrescentou o cirurgião.

Durante o período de internação, o ex-presidente terá segurança reforçada. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a Polícia Federal (PF) seja responsável pela vigilância do hospital e pela proteção de Bolsonaro. A PF fará fiscalização 24 horas por dia, com equipes posicionadas na porta do quarto e em outras áreas do hospital, conforme a avaliação da corporação.
Além disso, Moraes impôs restrições rigorosas para a segurança do ex-presidente durante a internação. Não será permitido o ingresso de computadores, celulares ou qualquer dispositivo eletrônico no quarto de Bolsonaro, exceto equipamentos médicos essenciais.
A Polícia Federal também deverá garantir o cumprimento dessa medida. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está autorizada a acompanhar o ex-presidente durante todo o período de hospitalização. Outras visitas só poderão ocorrer com autorização judicial prévia.
A defesa de Bolsonaro enviou ao STF na terça-feira (23) a lista dos médicos que realizarão o procedimento cirúrgico, incluindo o clínico geral Dr. Wallace Stwart Carvalho Padilha, o diretor-geral do Hospital DF Star Dr. Allisson Bruno Barcelos Borges, o cirurgião-geral Dr. Claudio Birolini e o médico cardiologista Dr. Brasil Ramos Caiado.