Por Arnóbio Rocha
Paulo Vinicius Coelho é um dos jornalistas esportivos mais respeitados do Brasil, admirado por sua memória privilegiada e seus números sobre cada jogada e jogador.
Desde a ESPN, depois estrela no SPORTV, nada de braçada em dados — que nem sempre explicam o futebol.
Claro que análises de estatísticas são importantes, mas se a coisa se reduzir a elas, complica. Com o tempo, PVC se transformou numa espécie de “cabeça de planilha”, como se o futebol se resumisse aos números, uma objetividade que se perde quando a criatividade humana o desmente.
Ouvir seus comentários está se tornando uma tortura. Não comenta o jogo, e sim dá voltas em torno de sua numeralha.
Chato demais. Algumas vezes, me lembra a lição do poeta alemão que diz: “Toda teoria é cinza, auriverde e frondosa é a árvore da vida”.
No jogo entre Portugal x Suíça, PVC desfilou seus conceitos, alguns absolutamente inúteis. Como ele e quase toda mídia é fã de Guardiola, nenhum outro técnico serve.
PVC foi detonando o técnico português Fernando Santos por não sabe usar o lateral Cancelo, como o gênio Guardiola faz no Manchester City, time inglês bancado por bilionários árabes.
Cancelo, segundo PVC é mal usado pelo português, um desperdício.
Grafite, que jogou na terra do poeta Goethe, respondeu de maneira bem simples: na seleção, o técnico não tem os mesmos jogadores que fazem companhia a Caicedo no clube.
As críticas de PVC se desmancharam de vez com os seis gols portugueses do “péssimo” técnico Fernando Santos.
Muita teoria e blá-blá-blá, quando a beleza do futebol se esconde nos detalhes inusitados e nos instantes de genialidade que as estatísticas raramente detectam.