O triste caso de Adolfo Sachsida, o bolsonarista que não queria ser chamado de bolsonarista

Atualizado em 25 de junho de 2022 às 20:08
Sachsida e Bolsonaro: de volta para o buraco

Adolfo Sachsida reclamou de ser chamado de “bolsonarista”. Ele é ministro das Minas e Energia e se sente injustiçado por não ser reconhecido como sabe Deus o quê.

“Para reflexão. Sinto isso na pele: como apoio o presidente Jair Bolsonaro sou tratado assim a todo momento. Pouco importa que terminei meu doutorado aos 28 anos, que fui professor nos Estados Unidos, que escrevi livros. Tudo some sob o rótulo: bolsonarista”, escreveu no Twitter.

Sachsida é autor de “Fatores determinantes da riqueza de uma nação”, escrito em colaboração com um certo João Batista de Brito Machado. Também assina “Considerações econômicas e morais sobre tributação”.

Eis a produção acadêmica do sujeito. Finito. Caput. Ninguém leu isso. Nem ele.

Sachsida é famoso, mesmo, pela delinquência intelectual exibida num vídeo que viralizou. Nele, Adolfo afirma que “a China é uma merda” e “mulheres são mais eficientes fora do mercado”. Não só.

Também falou a seguinte groselha sobre Pinochet: “É um cara difícil de enquadrar porque, por um lado, ele colocava o Estado acima do indivíduo. Então, desse jeito ele é um esquerdista, mas por outro lado ele queria o sistema de preço via mercado e a propriedade privada. Na parte econômica, Pinochet era de direita, mas na política, de esquerda”.

Adolfo está chateado porque sente que não queria ser enterrado com Bolsonaro. Impossível, porque ele é a cara escarrada desse governo.

Adolfo vai voltar para o buraco de onde foi tirado por Paulo Guedes — e para onde os dois bolsonaristas voltarão em menos de cem dias.