
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por exibir um vídeo com cenas dos ataques de 8 de janeiro durante o julgamento que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro argumentou que o ministro não mostrou, em contrapartida, uma live feita por ele em 30 de dezembro de 2022, horas antes de viajar para os Estados Unidos, na qual defendia agir “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Segundo o réu, sua fala durante a transmissão seria a prova de sua inocência, mostrando que, supostamente, ele não compactuou com a trama golpista.
“Hoje são 30 de dezembro (sic). Não vamos achar que o mundo vai acabar dia 1º de janeiro. ‘Vamos para o tudo ou nada’. Não! Não tem tudo ou nada. Inteligência! Mostrar que somos, e somos, diferentes do outro lado. Nós respeitamos as normas, as leis, a Constituição”, disse Bolsonaro na ocasião.
“Ninguém quer uma aventura. Agora, muitas vezes, dentro até das quatro linhas, você tem que ter apoio”, disse o inelegível em outro momento daquela transmissão. “Nós respeitamos as normas, as leis, a Constituição. Nós sabemos dar valor à liberdade”, emendou.

A defesa do ex-presidente sustenta que as falas na live demonstram que ele não incitou os ataques ao STF, Congresso e Palácio do Planalto em janeiro de 2023.
No entanto, o STF considerou que as provas colhidas até agora, incluindo mensagens e depoimentos, indicam uma articulação para manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral.
O ex-presidente reforçou que, durante seus quatro anos de mandato, sempre agiu dentro da legalidade: “Se tinha uma alternativa para isso, se a gente podia questionar alguma coisa, ou não questionar alguma coisa. Tudo dentro das quatro linhas”.
Por unanimidade, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornou Bolsonaro e outros sete acusados réus no processo sobre a suposta articulação golpista. Agora, o caso entra na fase de instrução, com a oitiva de testemunhas e a produção de provas.
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