Originalmente publicado no FACEBOOK
Por Luis Felipe Miguel
The Guardian publicou uma reportagem interessante sobre o fraco desempenho de Biden entre os “latinos” da fronteira do Texas com o México.
Há vários motivos para serem colocados na conta, dos efeitos da pandemia à religião e ao machismo. Mas acho importante atentar para o depoimento que abre o texto, de Barbara Ocañas, descrita como “uma eleitora latina altamente instruída de 37 anos”.
Ela optou por Trump por ver os democratas “focados mais na semântica do que na realidade da crise”: “Nem todos nós levamos a sério quando somos chamados de estupradores e ‘bad hombres’. Temos casca grossa.”
A preocupação é com os empregos de quem vive da indústria do petróleo, potencialmente afetados com a “economia verde” proposta por Biden. Aparentemente, os democratas não deram uma resposta convincente para esta questão.
Alguém nessas redes disse que a diferença entre os candidatos é que Trump vai ferrar todos e Biden vai ferrar todes. Boa blague, embora seja mais complexo do que isso.
Mas a questão é que, para enfrentar a extrema-direita, lá como cá, temos que saber quais são as questões prioritárias – para fora da bolha.