Obama e as luzes da Casa Branca: como Bolsonaro no Brasil, Trump tornou a vida dos norte-americanos mais triste

Atualizado em 1 de junho de 2020 às 14:27

Barack Obama, o primeiro e único presidente negro dos Estados Unidos, é um dos assuntos mais comentados na rede social em todo o mundo.

Uma foto mostra a diferença entre o que ele representou para a sociedade dos Estados Unidos e Donald Trump. Em razão dos protestos, a Casa Branca teve as luzes apagadas e Trump foi levado para um bunker.

Em contraposição, nos anos de seu antecessor, o mês de junho era marcado por luzes coloridas na Casa Branca — o verão no hemisfério norte começa no dia 21.

Os americanos, depois do longo inverno que marcou o governo de Trump, ícone da extrema direita mundial, parecem despertar de um pesadelo.

Pesquisas dão hoje uma dianteira de 10 pontos para Joe Biden, que foi vice de Obama, em relação ao atual presidente. Com a referência a Obama e às luzes, os norte-americanos que ocupam as redes sociais parecem saudosistas de um tempo feliz — ou menos infeliz, como agora.

O fato de Obama ser celebrado como um presidente tipo Bossa Nova para os americanos não elimina o passivo antidemocrático de seu governo ao redor do mundo.

Há duas manchas no governo dele: uma é a utilização dos ataques covardes com drones no mundo, que mataram inocentes. A outra diz respeito especificamente ao Brasil: no governo dele, o serviço secreto espionou até a presidente Dilma Rousseff.

Edward Snowden, ex-analista da CIA e da NSA, contou que, por causa do crescimento da Petrobras, o Brasil foi o país mais monitorado do mundo entre 2010 e 2013 — muito mais que a Rússia e a China, países que competem diretamente com os Estados Unidos.

Ex-aluno do brasileiro Mangabeira Unger, um professor de esquerda, e reconhecido em solo americano como democrata, Obama é um exemplo de que há um poder maior do que o do presidente nos Estados — que muitos chamam de Estado profundo.

De qualquer forma, no final do ano, se Trump for derrotado, o planeta respirará mais aliviado, e verá mais distante a ameaça de destruição — sobretudo dos valores como humanismo e liberdade.

Para nós, significará, sobretudo, uma paulada no bolsonarismo e seu projeto nazista.