O bolsonarista Edivaldo Ferreira, sacerdote da Diocese de Joinville, em Santa Catarina, e coordenador regional do Pró-Armas, movimento lobista pela liberação das armas, se define nas redes sociais como “padre armamentista”.
O padre incorpora todas as ideias da extrema-direita e, pela web, faz questão de “adorar” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pregar o ódio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O religioso ainda prega o direito de matar, distorcendo preceitos do próprio cristianismo.
O padre ainda ostenta fotos com armas no Instagram, compartilha vídeos treinando tiro em clubes e defende o porte para cidadãos comuns.
Em uma publicação no TikTok, o bolsonarista defende que matar alguém em legítima defesa não seria um pecado e cita um trecho bíblico do velho testamento como justificativa. “Êxodo 22:2. O cara estava ali roubando, se eu matei o cara para me defender e defender a minha família, não sou culpado de homicídio”, diz.
Em meio aos ataques a Lula, o padre busca criminalizar ele e o PT a partir de uma visão da extrema-direita sobre o “comunismo”, incitando uma política de ódio e violência contra aqueles que considera inimigo.
“Aí vem o Lula e diz que ele se orgulha de ser chamado de comunista ou socialista. É impressionante como Lula não faz mais nenhuma questão de disfarçar os absurdos que pensa, mas continuam fazendo malabarismo pra justificar. Comunismo é REPRESSÃO, CENSURA, PERSEGUIÇÃO, POBREZA, DITADURA. E é disso que Lula se orgulha de promover”, escreveu em vídeo de Lula.
O religioso ainda publicou no Instagram uma montagem ironizando o encontro do Papa Francisco com o chefe do Executivo.
No final de julho, o bolsonarista discursou sobre “O Cristão e a Legítima Defesa” em um dos mais concorridos eventos armamentistas do país, a ShotFair. Na ocasião, ele se encontrou com Bolsonaro e parte do clã após dar a palestra.
O padre também divulgou um vídeo fazendo uma oração pelo ex-capitão e classificou o encontro como “momento abençoado”. Ele também posou para fotos com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o seu irmão Jair Renan Bolsonaro em outras ocasiões.
