Olavo acusa Santos Cruz de crime de tráfico de influência

Atualizado em 8 de maio de 2019 às 16:39
O guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, mira novamente no ministro da Secretaria do Governo

O escritor Olavo de Carvalho subiu ainda mais o tom em sua briga com o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro.

Desta vez, o guru da Virgínia acusou seu desafeto do crime de tráfico de influência, que tem pena prevista de dois a cinco anos de reclusão e multa. A acusação foi feita nesta quarta-feira (8), pela página no Facebook do escritor:

Só agora começo a entender o que se passou. Quando esta briga começou, era só uma reação minha à atitude insana do Santos Cruz que respondia a um elogio meu com insultos. Só aos poucos os fatos mais significativos foram aparecendo por iniciativa de outras pessoas e sem que eu mesmo os investigasse no mais mínimo que fosse. Hoje compreendo que o Santos Cruz estava metido em tráfico de influência, tentando forçar o Ministério das Relações Exteriores a pagar convênios que o próprio presidente da República havia mandado suspender, e que favoreciam organizações notoriamente esquerdistas, inimigas do governo.

Acossado pelas minhas palavras, o espertinho imaginou que eu havia investigado suas atividades e desencadeado uma espécie de operação-devassa contra ele através de um “exército de olavettes”. Aterrorizado, tratou de mobilizar céus e terras contra uma “conspiração internacional”, envolvendo nisso até o comandante Villas-Boas, um grupo de dez senadores e várias organizações de mídia.

A mensagem atribuída ao general Villas-Boas entrou aí como ardil , na expectativa de que eu, na resposta, ofendesse o general adoentado e pudesse então ser acusado de agressão a um cadeirante. Infelizmente, os executores da operação se apressaram, colocando a acusação online ANTES de que eu enviasse qualquer resposta ao general Villas-Boas e assim desmascarando, sem querer, a farsa toda.

E o escritor não parou por aí. Minutos depois, Olavo chamou ao ministro de Bolsonaro de “bandidinho”.