Olavo, o poderoso: Vélez se vendeu ou se deu? Por Fernando Brito

Atualizado em 12 de março de 2019 às 10:54
Olavo de Carvalho, em cena do documentário ‘O Jardim das Aflições’, pratica tiro esportivo. DIVULGAÇÃO

Publicado originalmente no blog Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Já se fala, como era previsível, da queda – se é que tem altura para cair – do Ministro da Educação, Ricardo Vélez.

O novo (virtual) Ministro, o astrólogo Olavo de Carvalho, autor do epitáfio que serve de título, já está anunciando sua avaliação da Universidade:

“A Universidade brasileira é distribuidora de drogas e nada mais”

Bem alinhado, aliás, ao que vociferou ontem Jair Bolsonaro no Twitter.

O tema das drogas, tão próximo à turma da Al Qaeda filosófica, voltou à baila em novas postagens do guru presidencial:

Pelo menos noventa por cento do que leio na mídia brasileira só podem ser compreendidos farmacologicamente.(…)Quantos jornalistas, no Brasil, são consumidores habituais de drogas? Sem esse dado, é impossível analisar as idéias deles.

Ele quer Bolsonaro na ofensiva, ocupando redes de televisão, antevendo um golpe para derrubá-lo:

Por enquanto o Bolsonaro ainda tem apoio popular e ninguém de dentro do seu círculo ousará removê-lo do cargo. Mas é um apoio residual passivo, não renovado pelo contato direto e constante. Desgasta-se um pouco por dia, pelos ataques da mídia e pela acumulação de pequenas deslealdades aceitas a título de inconvenientes passageiros inevitáveis. Um dia esse capital estará reduzido o suficiente para que ambições agora discretas se mostrem à plena luz do dia.

Os fatos já mostraram que Olavo pode não ter os parafusos muito bem atarraxados, mas tem poder. E muito…