ONG citada por Dominghetti na CPI é de evangélicos e fez oferta paralela de vacinas à Saúde

Atualizado em 1 de julho de 2021 às 13:36
Flávio Bolsonaro ao lado do reverendo Amilton Gomes de Paula. Foto: Reprodução

Em seu depoimento à CPI da Covid nesta quinta (1), Luiz Paulo Dominguetti citou que quem intermediou seu contato com o Ministério da Saúde foi uma ONG.

“Elcio Franco não tinha conhecimento da proposta na reunião. Fomos recebidos em uma sala que não era a dele. Fui chamado por essa ONG que viabilizou esse encontro”, narrou à comissão.

O grupo citado por ele é a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), grupo evangélico presidido pelo reverendo Amilton Gomes de Paula.

O depoente ainda afirmou que um coronel amigo de turma de Elcio Franco, número 2 da Saúde, foi quem viabilizou o encontro.

A secretaria ofereceu doses de vacinas a US$ 11 a unidade, com prazo de entrega para 25 dias, ao Ministério da Saúde, a prefeitos e governadores.

O valor seria três vezes maior do que o fechado pelo governo Bolsonaro para a AstraZeneca pela Fiocruz (US$ 3,16) e o dobro do valor do Instituto Serum (US$ 5,25).

Em certa, a Senah também ofereceu a vacina da Johnson & Johnson em parceria com a Davati Medical Supply.

O reverendo que comanda a instituição tem bom trânsito no meio político de Brasília.

Ele exibe nas redes fotos com Flávio Bolsonaro e recentemente participou de conferência junto de Carla Zambelli.

O reverendo Amilton Gomes de Paula anunciou a conferência junto de Zambelli nas redes. Foto: Reprodução