ONU convoca reunião de emergência após a queda de Assad e crise na Síria

Atualizado em 8 de dezembro de 2024 às 23:28
O ex-presidente da Síria Bashar al-Assad durante visita à Rússia. Imagem: reprodução.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (9), a pedido da Rússia, para discutir as consequências da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria. Após a fuga de Assad e sua família, que receberam asilo político na Rússia, Moscou advertiu que a instabilidade pode agravar a crise regional e acusou potências ocidentais de explorar a situação na Ucrânia para enfraquecer a posição russa na Síria, de acordo com a coluna de Jamil Chade, no UOL.

A Rússia teme o aumento da presença de grupos extremistas islâmicos na Síria, o que poderia impactar a segurança internacional. Por outro lado, os EUA e Israel celebraram a queda de Assad, vendo-a como uma derrota para Moscou. “Diante dos últimos acontecimentos na Síria, cuja profundidade e consequências para o país e toda a região ainda não foram mensuradas, a Rússia pediu consultas urgentes a portas fechadas no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou a delegação russa.

Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a oportunidade histórica para os sírios reconstruírem um futuro estável. No entanto, diplomatas alertam para o risco de uma nova Líbia, com disputas internas pelo poder e recursos. Além disso, as tensões aumentam em relação a possíveis ações de Israel nas colinas de Golã, à medida que Netanyahu sinalizou um reforço militar na região.

“Após 14 anos de guerra brutal e a queda do regime ditatorial, o povo da Síria pode hoje aproveitar uma oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico. O futuro da Síria é uma questão que cabe aos sírios determinar, e o meu Enviado Especial estará a trabalhar com eles para esse fim”, disse Guterres.

“Há muito trabalho a fazer para assegurar uma transição política ordenada para instituições renovadas. Reitero o meu apelo à calma e a que se evite a violência neste momento sensível, protegendo simultaneamente os direitos de todos os sírios, sem distinção”.

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