
A ONU emitiu um alerta de que o Oriente Médio está “à beira de uma catástrofe iminente”, enquanto países como EUA, União Europeia (UE) e Reino Unido, entre outros, se uniram para pedir que Israel e o Hezbollah busquem um entendimento para evitar uma escalada maior do conflito.
O apelo se deu após dias de intensos ataques entre as partes, com centenas de foguetes disparados pelo grupo libanês Hezbollah e bombardeios israelenses atingindo o sul do Líbano e a capital, Beirute. De acordo com o Ministério da Saúde libanês, os bombardeios resultaram em pelo menos 100 mortos e 400 feridos, entre eles mulheres, crianças e profissionais de saúde.
Esses bombardeios ocorrem em meio a uma escalada nas tensões entre Israel e o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, após uma série de explosões de dispositivos de comunicação do grupo atribuídas a Israel, que resultaram em dezenas de mortos e milhares de feridos no Líbano.
Diante da gravidade da situação, a comunidade internacional fez um apelo conjunto para que ambos os lados evitem uma guerra total.

Jeanine Hennis-Plasschaert, coordenadora especial da ONU para o Líbano, usou a rede social X para fazer o alerta. “Embora a região esteja à beira de uma catástrofe iminente, não nos cansaremos de dizer: NÃO existe solução militar que proporcione mais segurança a qualquer uma das partes”, disse.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também afirmou que o país fará “todo o possível para evitar uma guerra mais ampla”. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, reforçou que os EUA informaram ao governo israelense que uma escalada militar não seria benéfica para Israel, destacando a importância de uma solução diplomática.
Já o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu um “cessar-fogo urgente” no Líbano e em Gaza, destacando que os civis estão pagando o preço mais alto.
Governos de outros países, como Reino Unido, Alemanha, Egito e Brasil, também se uniram ao coro no fim de semana, apelando para que Israel e Hezbollah interrompam a escalada do conflito e busquem soluções pacíficas.