Operação da PF desmascara banco clandestino usado para lavar dinheiro do tráfico

Atualizado em 22 de abril de 2024 às 7:39
First Capital Bank. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) desarticulou um banco clandestino no Pará, operado por um grupo criminoso para lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas. O banco, conhecido como First Capital Bank, foi fundado há quatro anos e teve sua descoberta graças a uma denúncia anônima recebida em 2022 que levou os policiais a um sítio em Curuçá, no Pará.

Ao chegarem no local descoberto nas investigações, os agentes encontraram mais de uma tonelada de cocaína. Dois suspeitos foram presos em flagrante.

A partir desse ponto, a PF iniciou uma análise detalhada dos celulares apreendidos e, em abril de 2023, realizou uma operação que resultou na prisão de 12 pessoas e na apreensão de carros de luxo, computadores, joias e dinheiro vivo. A Justiça Federal ordenou a suspensão imediata das atividades do First Capital Bank e bloqueou as contas da empresa.

Ainda segundo a PF, o banco clandestino era parte de uma rede que utilizava pescadores locais para transportar drogas em barcos pesqueiros adaptados com compartimentos secretos. A droga era enviada ao litoral para ser traficada para a Europa e África, com o dinheiro sendo lavado pelo First Capital Bank.

Operação foi encabeçada pela Polícia Federal. (Foto: Reprodução)

Também foi descoberto que os donos do banco clandestino captavam pessoas físicas e jurídicas, muitas delas laranjas e empresas de fachada, para fazer movimentações financeiras milionárias.

“Teve uma movimentação de mais de 50 milhões de reais entre 2022 e 2023. Sem sombra de dúvida, o grupo criminoso que está por trás disso movimenta e movimentou muito além dessa quantia, até porque isso foi o que nós conseguimos identificar até o momento”, relatou Lucas Gonçalves, delegado da Polícia Federal do Pará.

Os líderes do esquema incluem Regiane Pereira de Oliveira, a sócia majoritária do banco, e seus parceiros Nelson Piery da Silva e Nailton Rodrigues Coelho, que atuavam como operadores financeiros. Nailton foi preso, mas Piery escapou antes da chegada da polícia a seu condomínio de luxo em São Paulo, tornando-se foragido. Regiane também não foi encontrada e é considerada foragida.

“A nossa linha de investigação é de que essa mulher, que se apresentava sócia do banco, tinha conhecimento de que o nome dela estava sendo utilizado, sim, para benefício do grupo criminoso. Então ela não figura propriamente, até esse momento da investigação, como uma simples laranja que não sabe do que está ocorrendo. Até o presente momento, o que temos é que ela sabia que o nome dela está sendo utilizado por grupos criminosos para a lavagem de capitais”, reforçou o delegado.

A PF continua investigando para entender a origem dos recursos e a extensão do envolvimento desses indivíduos na lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.

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