Operação da PF mira grupo miliciano liderado por deputado na BA

Atualizado em 7 de dezembro de 2023 às 11:15
Agentes da Polícia Federal. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação El Patron, visando desmantelar uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro proveniente de atividades como o jogo do bicho, agiotagem, extorsão, entre outras infrações.

De acordo com o Ministério Público da Bahia, o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é apontado como líder da organização e é um dos alvos das buscas e apreensões realizadas no município de Feira de Santana.

Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 700 milhões em contas bancárias dos envolvidos, além do sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais. Também houve a suspensão das atividades de seis empresas, conforme decisão do Juízo da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana (BA).

Binho Galinha é suspeito de lavagem de dinheiro — Foto: Redes sociais
O deputado estadual Binho Galinha (Patriota). Foto: reprodução

A ação conjunta envolve a PF, a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada. A operação mobilizou cerca de 200 policiais federais e estaduais, 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários.

As investigações tiveram início após o Ministério Público do estado da Bahia reportar graves crimes na região. Com aprofundamento das apurações, foram coletadas evidências da participação dos indiciados em um grupo miliciano.

A Receita Federal, seguindo a ordem judicial, elaborou relatórios que apontam inconsistências fiscais dos investigados, movimentações financeiras incompatíveis, além de posse de bens não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Três policiais militares do estado da Bahia foram identificados como parte do braço armado do grupo miliciano. Sua suposta função seria realizar cobranças agressivas de valores oriundos de atividades ilícitas e empréstimos com juros abusivos.

As investigações prosseguirão para apurar possíveis outros envolvidos. Caso sejam condenados, os investigados podem receber penas que ultrapassam 50 anos de reclusão somando-se as sentenças dos crimes cometidos.

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