Operação Lesa Pátria: PF prende bolsonaristas donos de rede atacadista do DF

Atualizado em 29 de fevereiro de 2024 às 22:09
Joveci Xavier de Andrade com expressão de desânimo, com óculos e roupa social cinza
Joveci Xavier de Andrade é dono de uma rede atacadista – Silvio Abdon/CLDF

Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal realizou prisões preventivas de dois empresários ligados a uma rede atacadista do Distrito Federal. Joveci de Andrade e Adauto de Mesquita são acusados de supostamente apoiar financeiramente um acampamento em frente ao Quartel General do Exército, na capital brasileira, durante os protestos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

As prisões ocorrem no âmbito da 25ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa desmantelar o núcleo de financiadores desses atos.

Ao todo, segundo o jornal O Globo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão em oito Estados brasileiros. A defesa dos empresários afirma que eles colaboraram voluntariamente com a investigação, fornecendo as senhas de seus celulares, que foram apreendidos durante a operação.

A nota enviada pelo advogado dos empresários destaca o compromisso em esclarecer os fatos perante o Supremo Tribunal Federal, ressaltando a postura contrária ao vandalismo e à intolerância política. Eles serão ouvidos na superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal ainda hoje.

Adauto de Mesquita de camisa social verde, com expressão séria, em supermercado
Adauto de Mesquita também foi preso – Reprodução

Os empresários já haviam sido indiciados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro do Congresso Nacional e incluídos no relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF.

Em depoimentos anteriores, Joveci de Andrade negou financiamento ao acampamento e expressou arrependimento por ter participado da manifestação, enquanto Adauto de Mesquita admitiu pequenas doações, mas negou responsabilidade pelo financiamento do grupo.

Além deles, um terceiro alvo, o empresário Diogo Arthur Galvão, do ramo madeireiro, também foi preso. Ele é suspeito de divulgar seu PIX para arrecadar recursos para uma caravana que se dirigia a Brasília. Segundo as investigações, ele teria feito declarações incitando a violência e gravou vídeos dentro de prédios públicos invadidos durante os protestos de janeiro.

As ações da Polícia Federal foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e os alvos são investigados por uma série de crimes, incluindo associação criminosa, incitação ao crime e destruição de bens públicos.

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