Operação mira grupo que furtou R$ 20 milhões em golpes contra clientes de bancos

Atualizado em 9 de dezembro de 2025 às 7:34
Viatura da Polícia Civil de São Paulo. Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (9) uma operação contra fraude no sistema bancário que mira um grupo acusado de furtar R$ 20 milhões de clientes. A ação atinge empresas que movimentaram bilhões de reais e um escritório de contabilidade suspeito de dar suporte às fraudes. Sete suspeitos foram presos.

Entre os alvos estão os donos de uma empresa que movimentou R$ 6,8 bilhões em apenas dois anos e uma segunda companhia que recebeu parte dos valores desviados. Eles são investigados por furto, estelionato contra empresas de meios de pagamento — como operadoras de maquininhas — e lavagem de dinheiro.

Ao todo, policiais cumprem 12 mandados de prisão temporária, sendo nove na capital e três em Campinas, além de 12 mandados de busca e apreensão.

Como funcionava o esquema

A investigação conduzida pela Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do Deic, aponta que o grupo utilizou credenciais válidas de forma ilegal para furtar R$ 19,2 milhões de clientes de uma empresa de gestão de recebíveis ligada ao sistema financeiro.

Os valores eram transferidos para duas empresas: uma delas recebeu R$ 7 milhões e é a mesma que movimentou quase R$ 7 bilhões no período analisado.

Desdobramentos e suspeita de laranjas

A Operação Azimut é um desdobramento de uma ação realizada em julho, quando três suspeitos foram presos e identificados como laranjas dos proprietários das empresas beneficiadas. Eles são investigados por organização criminosa e lavagem de capitais.

As apurações também apontam a participação de um escritório de contabilidade que teria criado empresas usadas pelo grupo.

Participam da ação 32 policiais civis e 16 viaturas da DCCIBER/Deic, além do apoio de oito policiais e quatro viaturas da Deic/Campinas.