O orçamento anual de defesa da China manterá um crescimento de dígito único pelo oitavo ano consecutivo, com um aumento de 7,2% em 2023, de acordo com um projeto de orçamento apresentado no domingo.
Os gastos planejados com a defesa da segunda maior economia do mundo serão de 1,5537 trilhão de yuans (US$ 224,79 bilhões) este ano, diz o relatório sobre o projeto de orçamentos central e locais submetido à sessão da legislatura nacional da China. No ano passado, o aumento foi de 7,1%.
Os gastos militares da China têm estado há muito tempo no centro do escrutínio ocidental, e a chamada “ameaça da China” tem sido exagerada quase todos os anos.
Descrevendo o aumento do orçamento de defesa nacional como “apropriado e razoável”, Wang Chao, porta-voz da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional, disse a repórteres neste sábado que o crescimento é necessário para enfrentar complexos desafios de segurança e para que a China cumpra suas responsabilidades como um grande país.
A China segue com uma política de defesa nacional de natureza defensiva. O país enfatizou em várias ocasiões que não importa quanto gaste em defesa ou quão modernas sejam suas forças armadas, a China nunca buscará hegemonia, expansão ou esfera de influência.
Isso contrasta fortemente com os Estados Unidos, que atualmente têm cerca de 800 bases militares no exterior, com 173 mil tropas implantadas em 159 países.
Nos últimos anos, o orçamento militar médio anual dos EUA representou mais de 40% do total mundial, mais do que a soma dos 15 países que vêm logo atrás.
O orçamento de defesa nacional da China é cerca de um quarto do dos Estados Unidos, que totalizou cerca de US$ 858 bilhões em 2023.
Em termos per capita, os gastos em defesa nacional da China são apenas um dezesseis avos do dos Estados Unidos.
Observando que os gastos em defesa nacional são determinados com base na consideração geral da necessidade de construção de defesa e do nível de desenvolvimento econômico de um país, Wang destacou que os gastos em defesa nacional da China como parcela do PIB, que é inferior à média mundial, foram mantidos basicamente estáveis por muitos anos.
“O futuro da China está intimamente interligado com o do mundo inteiro. A modernização militar chinesa não será uma ameaça para nenhum país. Pelo contrário, será apenas uma força positiva para salvaguardar a estabilidade regional e a paz mundial”, disse ele.
A China é um dos principais contribuintes para o orçamento de manutenção da paz da ONU e o maior país contribuinte de tropas entre membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, enviando mais de 50 mil pessoas em missões de manutenção da paz nas últimas três décadas.
Publicado no Diário do Povo (China)