Organizador da ‘motociata’ de apoio a Bolsonaro em SP é pastor processado por dívidas e tentou se eleger deputado

Atualizado em 11 de junho de 2021 às 21:22

 

Jair Bolsonaro e Jackson Villar na convocação para o evento. Foto: Reprodução

Imagine uma pessoa que é tão antipetista que, ao ouvir um imitador de Lula no rádio acredita tratar-se que é o verdadeiro e grava um vídeo para ofender o imitador.

Esse é Jackson Vilar da Silva, o organizador da ‘motociata’ para Bolsonaro que será realizada neste sábado (11) em São Paulo.

O episódio narrado acima aconteceu em julho de 2018 e gerou dois processos contra o pastor e empresário, movidos por Juanribe Pagliarin, líder da Comunidade Cristã Paz e Vida.

Truculento, Jackson é acostumado a apelar para a violência.

Já gravou um vídeo falando em ‘dar uma surra’ em políticos da cidade pernambucana de Santa Cruz de Capibaribe e foi alvo de investigação da Polícia Civil de São Paulo após fazer ameaças públicas ao governador João Doria Jr (PSDB-SP).

Ele foi um dos organizadores de uma manifestação na porta de sua residência, no Jardim Europa, contra as medidas restritivas.

Representante da empresa Box Shopping Brasil – Gestão de Lojas, desde 2019 ele se esquiva dos oficiais de justiça que querem citá-lo em um ação de despejo.

No último vídeo divulgado em sua página de Facebook, em 26 de março, Jackson, que também é pastor, compara Bolsonaro a Jesus Cristo e convoca seus seguidores a ir a Brasília ou às portas dos quartéis para apoiar a intervenção militar.

Natual de Catolé do Rocha, na Paraíba, Jackson é irmão do cantor gospel Jonas Vilar. Já xingou Silas Malafaia em diversos vídeos.

O passeio de moto é para ver se decola sua carreira política. Em 2018, tentou se eleger deputado federal e obteve pífios 1 824 votos.