
O empresário organizador da motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL) marcada para esta sexta-feira (15), Jackson Vilar da Silva, recebeu R$ 5.700 de auxílio emergencial do governo federal, entre abril de 2020 e outubro de 2021, de acordo com informações do Portal da Transparência. Ele também já chamou o chefe do Executivo de “canalha e “traidor”.
A motociata de hoje é entre São Paulo e Americana e conta com a participação do pré-candidato bolsonarista a governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Jackson também já ajudou a organizar outra motociata no Estado, em junho do ano passado.
Depois do recuo que Bolsonaro aparentou dar em suas intenções golpistas, logo após os atos do dia sete de setembro, Jackson gravou um vídeo xingando o presidente. “Eu não acredito em Bolsonaro mais. Podem me chamar de traidor, do que você quiser, canalha. Traidor que quer andar de helicóptero para sobrevoar vendo a gente. Vou queimar minha camisa com o nome Bolsonaro. Você não merece respeito, Bolsonaro. Você traiu os motociclistas, os caminhoneiros. Você traiu o seu povo porque você é um frouxo, covarde”, afirmou o empresário na ocasião.
Em seguida, ele se retratou. Gravou outro vídeo chorando e pedindo desculpas ao chefe do Executivo. O empresário afirmou não ter compreendido corretamente a atitude de Bolsonaro no momento que fez a primeira gravação. Assista abaixo.
Bolsonaro participa de motociata e comete grave infração de trânsito
Bolsonaristas se reuniram de moto perto da Praças Campo de Bagatelle, ao lado do Sambódromo do Anhembi, para participar da motociata ao lado de Bolsonaro.
Ele cumprimentou apoiadores quando chegou ao local de camionete por volta das 9h45. O pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participa do evento, assim como o ex-secretário da Pesca, Jorge Seif, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, os deputados federal Capitão Augusto (PL) e estaduais Gil Diniz (PL) e Wellington Moura (Republicanos).
Como é de costume, o chefe do executivo federal voltou a cometer infração de trânsito. Ele subiu numa moto com capacete sem viseira e sem proteção para o maxilar, o que é proibido e pode render multa por infração grave.
O evento começou na Marginal Tietê e vai até a cidade de Americana, interior do estado, tendo 130 quilômetros. A Rodovia dos Bandeirantes está interditada. Os motoristas só poderão utilizar a Rodovia Anhanguera para sair da capital paulista.
Motociata custa R$ 1 milhão
Para o evento ser feito, Bolsonaro mobilizou 1,9 mil policiais militares para fazerem sua segurança. O governo do estado de São Paulo vai ter que retirar dos cofres públicos R$ 1 milhão para pagar a motociata.