Ele colocou a guitarra no primeiro plano e com isso abriu caminho para gênios posteriores
Na história da guitarra, há apenas duas fases de verdade: antes e depois de Chuck Berry. Ele inventou o guitarrista. Antes, acompanhantes tímidos ou cantores sem grande brilho com o instrumento apareciam ali pelo palco. Depois, os holofotes jamais deixariam de estar virados para quem carregasse aquele que se tornaria o instrumento mais importante da música pop.
Se Chuck é o número 6, é apenas porque tinha o demônio por perto. Antes de se tornar músico, Berry passou 3 anos em um reformatório, preso por assalto a mão armada. Lá, formou um quarteto de canto e, para sorte da humanidade, aprendeu a direcionar sua inquietude à música e à dança.
Sua estreia profissional foi no Johnnie Johnson’s Trio em 1953. Quando Berry foi contratado pela Chess Records para gravar Maybelline em 1955, o então líder da banda, foi ao piano. A música venderia mais de um milhão de discos, e chegaria a número um no chart de Rythm And Blues da Billboard. A partir de então, Berry lançaria uma série de singles, incluindo Rock n Roll Music, Sweet Little Sixteen e Johnny B. Goode.
Em 1963, Berry mudaria para a gravadora Mercury, e teria que enfrentar a invasão inglesa nos EUA. Ele passaria então a viver nas sombras do que fora, com um ou outro sucesso esparso. Mas esta sombra é do tamanho de sua grandeza e importância para todos nós, músicos.
Com a importância de sua obra, Chuck certamente viverá de sombra e água fresca para o resto da vida. Merecidamente. Até o dia em que ele for para o céu. (Ou será que…)
Leia mais: Os 10 maiores guitarristas da história do rock. Keith Richards é o sétimo.