Os arquivos do abusador Jeffrey Epstein divulgados pelo governo Trump; veja as fotos

Atualizado em 20 de dezembro de 2025 às 11:09
Novas fotografias do caso Jeffrey Epstein. Foto: Reuters

Os arquivos da investigação sobre o bilionário e abusador Jeffrey Epstein, divulgados pelo governo Trump nesta sexta-feira (19), reúnem centenas de milhares de páginas, com fotos do bilionário ao lado de celebridades, menções ao Brasil e trechos ainda censurados.

A liberação do material ocorre após o Congresso dos Estados Unidos aprovar uma lei que obrigou o governo a divulgar documentos ligados ao caso do financista condenado por abusos sexuais contra menores.

Os documentos incluem fotografias de Jeffrey Epstein com figuras conhecidas, como Michael Jackson, Mick Jagger e o ex-presidente Bill Clinton.

Em algumas imagens, Epstein aparece em jantares sofisticados ao lado dessas personalidades. Não há, porém, informações oficiais sobre quando ou em que contexto os encontros ocorreram.

Segundo o Wall Street Journal, um porta-voz de Clinton afirmou que o ex-presidente rompeu relações com Epstein muito antes de os crimes virem à tona. “Eles podem divulgar quantas fotos de mais de 20 anos quiserem, mas isso não é sobre Bill Clinton”, disse Angel Ureña.

Ex-presidente dos EUA Bill Clinton ao lado de Jeffrey Epstein. — Foto: Reuters
Ex-presidente dos EUA Bill Clinton ao lado de Jeffrey Epstein. Foto: Reprodução

Em outra foto, Clinton aparece nadando com Ghislaine Maxwell em uma piscina, ao lado de uma pessoa com o rosto borrado. Em outras imagens, o ex-presidente surge acompanhado de diferentes pessoas, também com os rostos borrados.

Celebridades e registros sem contexto

Há também fotos com artistas como Michael Jackson, Mick Jagger, Kevin Spacey e Diana Ross, além de registros que incluem o ator Chris Tucker. Um dos registros mostra Jackson usando óculos escuros, posando ao lado de Epstein.

Muitos rostos aparecem borrados, e os arquivos não esclarecem datas, locais ou circunstâncias. A legislação que determinou a divulgação impede censuras por “constrangimento, dano à reputação ou sensibilidade política”, mas autoriza ocultar dados que identifiquem vítimas ou investigações em andamento.

Menções ao Brasil

Os arquivos trazem ao menos duas referências diretas ao Brasil. Em uma delas, há um recado de janeiro de 2005 pedindo que Epstein ligasse para o novo telefone de uma mulher, com o assunto “Brasil” — o nome do remetente está censurado.

Em outro documento, uma anotação manuscrita relata que uma mulher teria sido fotografada sem saber, teria ido ao Brasil aos 18 anos e retornado aos Estados Unidos dois anos depois. Os nomes envolvidos também foram ocultados.

Arquivos de Epstein tem menções ao Brasil — Foto: Departamento de Justiça dos EUA
Arquivos de Epstein têm menções ao Brasil. Foto: Departamento de Justiça dos EUA

Mais documentos a caminho

O vice-procurador-geral Todd Blanche disse à Fox News que “centenas de milhares” de páginas ainda serão divulgadas nas próximas semanas. O Departamento de Justiça informou que não divulgará tudo de uma vez para proteger vítimas e apurações sensíveis.

O caso voltou ao centro do debate após idas e vindas do presidente Donald Trump sobre a divulgação total do material. Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas, preso em julho de 2019 e, segundo autoridades, morreu um mês depois na prisão.

Ainda em novembro, o Congresso dos EUA publicou mensagens que sugerem que Trump tinha conhecimento da conduta de Epstein. Em um e-mail de 2018, o bilionário escreveu que o atual presidente “passou horas” em sua casa com uma das vítimas. Os dois foram amigos entre a década de 1990 e o início dos anos 2000.

 Jeffrey Epstein e Donald Trump lado a lado, posando para foto, em pé
Jeffrey Epstein e Donald Trump. Foto: Reprodução
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