
A Polícia Federal (PF) foi acionada para identificar e investigar usuários que continuaram acessando o X após a plataforma ser suspensa no Brasil, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A rede social foi bloqueada no país desde 30 de agosto, com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) implementando a suspensão a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo da PF é rastrear aqueles que burlaram o bloqueio, utilizando, por exemplo, VPNs, que também foram proibidas pela decisão do STF. A investigação se concentrará em perfis que mantiveram atividade constante na rede social após o bloqueio.
Entre os alvos da investigação estão deputados federais bolsonaristas como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS), conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) também será investigado por suas postagens, que incluíram críticas diretas a Moraes. Além disso, Marina Helena, candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, também postou no X durante o período de bloqueio.

Segundo fontes ligadas ao caso, a PF terá autorização para monitorar a rede social e rastrear os perfis ativos. Não haverá distinção inicial entre os conteúdos postados; todos os usuários residentes no Brasil que estejam publicando serão incluídos na lista enviada a Moraes.
Vale destacar que esse pente-fino abrangerá até mesmo veículos de imprensa que estejam publicando no X com a indicação de que o conteúdo é postado de outro país. A decisão sobre a aplicação de multas ficará a cargo do ministro.
A decisão de Moraes prevê uma multa de R$ 50 mil para quem driblasse a proibição. Até o momento, porém, ninguém foi multado.