
É protocolo na Globo. Apresentadores e repórteres se referem aos ataques de Trump ao Brasil como chantagem, em todos os telejornais.
É a palavra que define a pressão para que parem o julgamento do chefe do golpe em troca do fim do tarifaço. William Bonner apresenta as chamadas do Jornal Nacional falando na chantagem de Trump.
E os colunistas do jornal da organização? Muitos deles chegaram a um estágio que não foi alcançado nem na ditadura.
Há colunistas no Globo, no Estadão e na Folha que são hoje mais reacionários do que os donos e os comandos das redações dos jornais.
Enquanto o patrão chama Trump de chantagista, o colunista declara apoio ao neofascista e aos Estados Unidos. Não são poucos.
Os que não declaram apoio, para não correrem riscos, debocham das falas de Lula e dizem que o Brasil pagará caro por ter enfrentado a fúria americana. No Brasil dos jornalões, jornalismo rima com viralatismo.
INTELIGÊNCIA
Mais um modelo gaúcho à toda Terra. O coronel golpista Hélio Ferreira Lima confessou hoje, em interrogatório ao Supremo, que um panfleto pregando a prisão de ministros do STF foi elaborado por ele na área de inteligência da 6ª Divisão do Exército em Porto Alegre.

Área de inteligência dos caras que têm a missão de proteger o país. Seria, disse ele, um levantamento de hipóteses a cargo dos kids pretos.
É a nova versão do pensamento digitalizado, apresentada pelo general — e também kid preto — Mario Fernandes. Eles combinaram bem. Não era um plano, e nada foi compartilhado com as chefias. Era uma ideia nas nuvens, que foi parar em computadores.
Pobre país se dependermos dessas figuras, se Trump invadir o Brasil por Libres, com a ajuda do fascistão Javier Milei. Os kids pretos não sabiam fazer e esconder um panfleto.
Esses sujeitos não venceriam uma guerra nem no Atari.
TORCIDA
Na segunda-feira do interrogatório dos militares envolvidos no plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, essa foi a manchete do Globo na versão online durante quase todo o dia:
“Confira a posição do seu time na maior pesquisa já feita sobre as torcidas brasileiras”