O gênio inquieto dos Rolling Stones quase criou um gênero à parte com riffs incríveis
Keith Richards, meu preferido entre os 10 maiores da história, é a prova de que ser um bom guitarrista pouco tem a ver com habilidade manual; é infinitamente mais importante o trabalho mental – a inspiração, o conceito, e até o esforço.
O menos técnico entre os Top 10 é um estilista. Com o mínimo conhecimento de rock, você reconhecerá Keith nos primeiros acordes de uma música. Até na imprecisão e nos erros, o velho imortal é brilhante.
Eu poderia destacar uma infinidade de coisas. Os solos de Sympathy For The Devil e It’s Only Rock & Roll (But I Like It), os riffs de (I Can’t Get No) Satisfaction e Brown Sugar, as harmonias Wild Horses e As Tears Go By, as melodias de Gimme Shelter e Loving Cup, o violão bem tocado, o ritmo, os timbres, a afinação.
Tudo que se pensa quando se fala de Keith Richards é incomum. Por isso, este é o gênio das mãos calmas – mas da mente inquieta.
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