Os favoritos para substituir Lula em 2026, segundo pesquisa Ipsos-Ipec

Atualizado em 10 de agosto de 2025 às 12:36
Lula, presidente do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa recente do Instituto Ipsos-Ipec, realizada entre 1º e 5 de agosto, aponta que a maioria dos brasileiros (62%) acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria concorrer à reeleição em 2026. O levantamento, que ouviu 2 mil pessoas em 132 cidades de todas as regiões do país, revela um cenário de descontentamento que pode impactar os rumos políticos do Brasil nos próximos anos.

Na hipótese de Lula não se candidatar, os nomes mais citados para substituí-lo são Fernando Haddad, com 19% das intenções de voto, e Geraldo Alckmin, com 17%. Camilo Santana (7%) e Flávio Dino (6%) aparecem com menor expressividade.

No entanto, 17% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder, e uma parcela significativa optou por “nenhum desses nomes”, indicando incerteza sobre o futuro político.

Um dado preocupante para o governo é que 30% dos eleitores que votaram em Lula em 2022 agora afirmam que ele não deveria buscar um novo mandato. Essa insatisfação é ainda mais evidente entre a população de baixa renda: 47% dos brasileiros que ganham até um salário mínimo acreditam que o presidente não deve se candidatar novamente.

Geraldo Alckmin, vice-presidente, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Foto: Bruno Santos/ Folhapress

Críticas sobre o “tarifaço” e polarização

A pesquisa também avaliou a percepção dos brasileiros sobre a atuação de Lula diante das tarifas comerciais impostas pelos EUA. Para 51% dos entrevistados, o presidente não fez tudo o que podia para evitar o aumento das taxas sobre produtos brasileiros.

A reprovação é maior entre homens (55%), pessoas de 35 a 44 anos (56%), eleitores com ensino médio (59%) e aqueles com renda acima de cinco salários mínimos (64%).

A polarização política também se reflete nos resultados: enquanto 81% dos eleitores de Jair Bolsonaro discordam da atuação de Lula, 72% dos que votaram no petista aprovam suas ações. Entre quem anulou ou não votou em 2022, 64% criticam o governo.