Publicado no blog de Jeferson Myola
Ao se beneficiar da farra milionária das verbas publicitárias da Prefeitura de Porto Alegre, o Estadão dedicou um apologético editorial à Administração tucana em Porto Alegre. No editorial O exemplo de Porto Alegre, o prefeito Marchezan Júnior [PSDB] afirmou que “[…] acabamos com gasto em publicidade e revisamos todos os contratos terceirizados”.
Esta declaração do prefeito não tem aderência na realidade. É, evidentemente, uma informação de quem inventa um mundo paralelo e sem compromisso com a verdade. Além de não acabar com os gastos em publicidade, Marchezan Júnior multiplicou por muitas vezes tais despesas no comando da Prefeitura de Porto Alegre [PMPA].
No seu mandato, o dinheiro público inclusive passou a ser usado para publicidade de “cunho eleitoral”, como escreveu a juíza Keila Silene Tortelli na sentença em que mandou suspender a propaganda ilegal e feita indevidamente em âmbito nacional.
Os números oficiais, atualizados pelo IPCA até 31.12.2019 e disponíveis no Portal de Transparência, contrastam com o mundo paralelo inventado pelo prefeito.
Na reportagem O mau exemplo de Porto Alegre: recursos do SUS desviados para publicidade nacional, o jornalista Luís Nassif traz revelações impactantes do derrame de dinheiro público nos órgãos de imprensa que, em retribuição, asseguram a blindagem e uma cobertura simpática, dócil e bajuladora do governo tucano:
Um dado final, mas nem por isso menos importante, foi a dinheirama gasta em apenas 47 dias, no período de 13 de maio a 30 de junho de 2019. Neste curtíssimo espaço de tempo, o governo tucano gastou a impressionante cifra de R$ 7.835.436 a título, supostamente, de campanhas de “Combate à Dengue, Aluguel Solidário e Minuto POA”.
Isso significou um gasto diário equivalente a R$ 166.711 por dia em propaganda; mais de 166 salários-mínimos torrados por dia para irrigar emissoras de rádio, TV, sites e jornais que, em retribuição, asseguram uma cobertura amistosa do governo que carece de realizações, embora seja abundante e profícuo em produzir e difundir mentiras.
Os gastos estratosféricos do governo Marcehzan Júnior com propaganda de cunho eleitoral, feitos em total afronta ao disposto na Constituição Brasileira e na Lei Orgânica do Município, poderão ensejar a responsabilização do prefeito por crime de responsabilidade, com a consequente cassação do mandato e a obrigação de devolver aos cofres públicos o dinheiro desviado em propaganda ilegal.
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