Os pilantras do capitalismo brasileiro. Por Moisés Mendes

Atualizado em 22 de fevereiro de 2023 às 0:10
Representação do Capitalismo. Foto: Reprodução

Publicado originalmente no “Blog do Moisés Mendes”

Quase todos os pilantras do capitalismo, que em algum momento enfrentam problemas na contramão do que pareciam ser, foram um dia performáticos.

O picareta que fica rico depressa, como empreendedor ou como alto executivo de corporações aparentemente poderosas, queria na verdade ser artista.

Por isso descem em palcos dependurados numa corda, viram cambalhotas ou se fantasiam com roupas de palhaço.

O capitalista que não conseguiu ser artista tenta se transformar em celebridade, por ter dinheiro para financiar a própria performance.

O capitalista pilantra, que tenta criar uma representação da sua própria figura, um avatar para o público externo, é um recalcado que queria chegar a alguma coisa que nunca conseguiu ser.

Alguns, com forte atuação em redes sociais, gostariam até de ter sido jornalistas, mas são, em muitos casos, apenas disseminadores de fake news.

O cara das performances, que coloca a própria figura à frente da imagem da empresa, que tenta personificar o sucesso de um grupo (pouco ligando para o ‘resto’, o que inclui os funcionários), é o capitalista de palco no Brasil.

Muitas vezes um predador e quase sempre um egocêntrico com posições de direita, que vão muito além do conservadorismo. O predador é, depois de Bolsonaro, um ser livre para pensar e agir como alguém de extrema direita.

O capitalista brasileiro que esteve ao lado de Bolsonaro, mas às vezes tinha vergonha de admitir sua ligação com o fascismo, é pior do que o sujeito com muito dinheiro que se expôs, sempre performático, como golpista.

Mas quase todos eles, os que se camuflavam e os que explicitavam suas posições, são hoje arrependidos. Todos são o que são, todos são farsantes, Mas só alguns, como esses da Americanas, acabam quebrando.

E os outros? Os outros andam quietos, prontos para a próxima performance, talvez na Papuda.

O MOMENTO

Desde que fugiu para Orlando, Bolsonaro pode ser preso a qualquer momento.

Se voltar ao Brasil, Bolsonaro poderá ser preso a qualquer momento.

Mesmo que não seja preso quando retornar, estando no Brasil Bolsonaro poderá ser preso a qualquer momento.

A qualquer momento pode ser daqui a um ano como pode ser, passado um ano, daqui a uns dois ou cinco anos.

Para a extrema direita, tudo pode acontecer a qualquer momento, como pode não acontecer.

QUE CATEGORIA

Notícias da extrema direita na capa da Folha têm Michelle e Sergio Moro como personagens.

Moro obtém apoio no Senado para tentar retomar projeto de prisão em segunda instância

Michelle Bolsonaro inicia atividades partidárias no PL e encontra deputadas

Moro é senador e Michelle é alta dirigente de partido.

O OURO

Chegaram às grandes quadrilhas do garimpo criminoso na Amazônia.

Falta chegar à conexão dos bandidos com as quadrilhas que estiveram no poder até dezembro.

Quem do governo Bolsonaro ganhou dinheiro das corporações que roubavam o ouro de terras indígenas?

Quem foi pago para liberar o garimpo? Quem tem barras de ouro em casa?

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