Os planos de Eduardo Bolsonaro para disputar a Presidência em 2026

Atualizado em 15 de setembro de 2025 às 6:26
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já trabalha com dois cenários para manter seu projeto de disputar a Presidência em 2026, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O primeiro é considerado o mais otimista: a aprovação no Congresso de um projeto de anistia ampla que não seja barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse caso, Eduardo avalia que teria o apoio direto do pai e que ele próprio poderia retornar ao Brasil para reforçar a campanha presencialmente.

O plano B prevê que a candidatura seja lançada a partir dos Estados Unidos, onde o deputado está desde fevereiro. De lá, o “Zero Três” tem atuado em defesa da anistia e contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A aliados, ele afirma acreditar que, assim como Jair Bolsonaro mobilizou apoiadores no 7 de Setembro sem comparecer ao evento nem ter acesso às redes sociais, ele também conseguiria atingir a base bolsonarista mesmo à distância.

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Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Eduardo reconhece que seu maior desafio será viabilizar a candidatura. Para isso, precisa deixar o PL e se filiar a outra legenda. Além disso, responde a um inquérito sobre sua atuação nos EUA por coação de autoridades e pode ficar inelegível caso seja condenado pelo STF. A Corte, por sua vez, deseja julgá-lo até o fim de 2025.

Mesmo admitindo que as chances de derrota são significativas, ele tem dito a aliados que vê ganhos estratégicos em se lançar candidato. Entre eles, manter acesa a mobilização bolsonarista, dificultar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se apresente como representante legítimo da direita e evitar o surgimento de uma nova via.

Eduardo ainda projeta que a disputa presidencial o fortaleceria como líder do movimento bolsonarista e poderia abrir caminho para fundar e comandar seu próprio partido, ao lado de um núcleo duro alinhado às suas posições.