Quem é Otoni de Paula, o escroto abandonado na chuva por Bolsonaro

Atualizado em 20 de agosto de 2021 às 9:06
Copia da representação encaminhada a Augusto Aras

Otoni de Paula se define como alguém que não para.

Diz que é escritor e palestrante. Gosta de lidar com dependentes químicos. É contra a defesa de minorias e tem especial aversão à comunidade LGBT.

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Nesta quarta, 18, oficiou a Procuradoria Geral da República.

Pedia a apuração do que chama ‘ações antidemocráticas’ patrocinadas pelo TSE por ordenar desmonetizações, limitação de alcance e cancelamentos de canais e redes sociais ligadas a espalhadores de fake news bolsonaristas.

O tiro saiu pela culatra.

Menos de 48 horas depois a Polícia Federal estava na sua porta.

E o mais curioso: quem pediu providências ao Supremo Tribunal Federal foi Augusto Aras, o PGR que existe para fazer o que Bolsonaro manda.

Ou seja, o genocida traiu o aliado e também o sertanejo Sérgio Reis, outro implicado na operação.

“Não podemos recuar”, disse Otoni quando postou cópia da representação no seu Facebook. “Temos que nos unir. Tudo o que eles querem é a direita dividida”.

Não é a primeira vez que o líder da Assembleia de Deus, ex-vereador do Rio e agora deputado federal (PSC) provoca as autoridades.

 

“Lixo”, “esgoto”, “cabeça de ovo” e “cabeça de piroca”

Já chamou Alexandre de Morares de “lixo”, “esgoto”, “cabeça de ovo” e “cabeça de piroca”. Ainda pode recorrer, mas acabou condenado a indenizar o ministro em R$ 70 mil.

Otoni também é um dos alvos de inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF, além de intervenção militar.

Tem o sigilo bancário quebrado por decisão do STF.

Sua capivara é extensa. Um escroto jogado à própria sorte pelo “mito”. Eles se merecem.

No início da manhã desta sexta, enquanto a polícia batia na porta de Otoni, Bolsonaro mandava bom dia pelo Twitter.