A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador bolsonarista Pablo Marçal (PRTB) pela terceira vez à inelegibilidade até 2032. A nova decisão do TRE-SP, divulgada na terça-feira (22), aponta irregularidades cometidas pelo coach durante a campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024, como ofensas à Justiça Eleitoral e ataques aos adversários. Entre as falas citadas estão a associação de Guilherme Boulos ao uso de drogas e acusações de corrupção contra o sistema eleitoral.
O juiz Antonio Maria Patiño Zorz considerou grave a conduta de Marçal, incluindo o uso de seu site para orientar eleitores a imprimirem material de campanha por conta própria, o que foi interpretado como transferência irregular de custos. “Constato a gravidade da conduta praticada pelo réu Pablo Marçal ainda que não tivesse sido eleito e chegado ao 2º turno”, afirmou o magistrado.
De acordo com os advogados do PSB, Rafael Carneiro e Hélio Silveira, a sentença representa um avanço no combate a práticas que distorcem a equidade eleitoral.
“A decisão reforça que não há espaço para atalhos eleitorais, sobretudo quando financiados por práticas vedadas pela legislação”, afirmou Carneiro. A legenda acusou Marçal de instrumentalizar redes sociais e estruturas empresariais para fins eleitorais, em desacordo com as regras do processo democrático.
Esta é a terceira condenação do influencer em menos de um ano. Em fevereiro, ele foi considerado inelegível por abuso de poder político e econômico, após oferecer apoio político em troca de transferências via Pix no valor de R$ 5 mil.
Já em abril, foi multado em R$ 420 mil por desobedecer liminar do mesmo processo.