Pablo Marçal pode ser implicado em tentativa de homicídio; entenda

Atualizado em 6 de setembro de 2024 às 7:38
O empresário bolsonarista Pablo Marçal (PRTB). Foto: reprodução

Um contrato apresentado à 1ª Vara da Comarca de Serra Negra (SP) pode complicar a situação de Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo, em dois processos que correm contra ele. Um desses processos investiga uma tentativa de homicídio.

O documento se refere à empresa que organizou e produziu o reality show “La Casa Digital 3”, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Em maio, Marçal foi acusado por um ex-participante do programa, que afirmou ter sido alvo de agressões físicas e verbais, além de ter sido submetido a provas de resistência física e mental sem a devida proteção, sem bombeiros ou salva-vidas, e em ambientes perigosos.

Marçal se defendeu dizendo que seu papel no programa era apenas como apresentador e que as provas eram responsabilidade dos organizadores. Entretanto, a Justiça agora analisa um novo documento: o contrato assinado pelos participantes do reality show, que foi feito com a empresa Marçal Holding Ltda, da qual o candidato é sócio majoritário.

Trecho do contrato dos participantes do reality com empresa de Marçal. Foto: reprodução

Caso se comprove a ligação direta de Marçal com a organização do reality, ele poderá enfrentar complicações em outro processo que investiga tentativa de homicídio. Isso porque, em 2022, Marçal foi acusado de tentativa de homicídio privilegiado após levar 32 pessoas para uma escalada no Pico dos Marins, divisa entre Minas Gerias e São Paulo.

Naquela ocasião, ele foi proibido pela Justiça de realizar atividades em montanhas, picos e áreas naturais. Se sua participação em “La Casa Digital 3” for considerada uma violação dessa decisão, Marçal pode enfrentar novas penalidades.

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Marçal no Pico dos Marins. Foto: reprodução

Com a denúncia feita pelo ex-participante, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou à Polícia Civil de Serra Negra a cópia do boletim de ocorrência para apurar se Marçal desrespeitou a ordem judicial. Em julho, a Polícia Civil de Piquete (SP) pediu à Justiça a prorrogação do inquérito para continuar investigando o caso.