Por Geraldo Muniz
O presidente de El Salvador, Naiyb Bukele, recusou-se a receber a visita do candidato Pablo Marçal, que viajou até San Salvador para tirar uma foto com o mandatário salvadorenho.
Bukele, um ídolo da extrema-direita, reduziu drasticamente a criminalidade em seu país e construiu gigantescas penitenciárias onde encarcerou milhares de integrantes de organizações criminosas conhecidas como “maras”.
Luis López Álvarez, o embaixador salvadorenho no Brasil, após ser acionado por Alexandra Hill Tinoco, poderosa chanceler do presidente Bukele, teria desaconselhado uma audiência.
Restou a Pablo Marçal tirar fotos na frente do imponente palácio presidencial de San Salvador e diante de algumas das muitas penitenciárias que se tornaram símbolos do governo fascista de Naiyb Bukele.
Marçal deixou o Brasil no meio da semana passada, cercado de assessores para visitar Bukele, depois tentar uma foto com Donald Trump e voltaria ao Brasil via Buenos Aires, onde seria recebido por Javier Milei, o controvertido presidente argentino.
Tudo falhou. A assessoria do Partido Republicano teria vetado a aventura de Pablo Marçal, em momento particularmente difícil para Trump, quando ele disputa voto a voto com a democrata Kamala Harris, que, inclusive, aparece com vantagem na maioria das pesquisas.
Milei não quer molestar o governo Lula no momento em que o Brasil responde por sua embaixada em Caracas, custodiando a vida de vários exilados perseguidos pelo regime de Maduro. Seria uma imensa imprudência, alertou a chanceler Diana Mondino à Casa Rosada.
Assim, a escala final de Pablo Marçal em Buenos Aires foi cancelada, coroando o fracasso do que pretendia ser “a internacionalização de minha campanha”, nas palavras do aventureiro goiano.
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