
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a sessão conjunta do Congresso Nacional para barrar a possível instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar os ataques terroristas de 8 de janeiro. Ele remarcou a sessão que ocorreria hoje para o próximo dia 26.
A decisão é vista como um aceno ao governo Lula. Parlamentares de oposição à gestão petista vão se reunir para traçar uma estratégia com o objetivo de obstruir votações no Congresso. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem coordenado a criação da CPMI, que tem o objetivo de culpar o atual presidente pelos ataques.
Aliados do Planalto tentam desidratar o apoio em torno do requerimento para a instalação do colegiado. Os bolsonaristas já têm o número de assinaturas suficiente para iniciar a comissão, segundo parlamentares, e conta com o apoio de 194 deputados e 37 senadores.
Os deputados aliados de Bolsonaro dizem que Pacheco “deu sua palavra” para a instalação da CPMI e dizem que o adiamento da votação é uma “manobra” do governo. O presidente do Senado justificou que remarcou a sessão por conta do número de requerimentos apresentados pela maioria da Câmara e do Senado pelo adiamento.