Padre bolsonarista será monitorado no Telegram a mando de Moraes

A mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o canal do padre bolsonarista Paulo Ricardo no Telegram foi posto sob monitoramento. A empresa se comprometeu a monitorar os 100 principais canais brasileiros, entre eles o do pároco de Cuiabá, após a decisão de Moraes que determinou o bloqueio do aplicativo no Brasil temporariamente.

Conhecido por apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e por defender o armamento da população, o religioso tem uma forte presença nas redes sociais. No YouTube, por exemplo, possui mais de 1 milhão de inscritos, que acompanham seus vídeos postados diariamente.

O canal de Paulo Ricardo no Telegram está na lista de perfis que movimentam cerca de 95% de todas as visualizações de mensagens públicas do serviço de mensagens no país. Bolsonaro é o líder de visualizações no aplicativo no Brasil.

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Padre bolsonarista é defensor do armamento

O padre é famoso por seus discursos contra a esquerda e o PT. Ele já chegou a posar armado ao lado do finado Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo.

Ele ficou conhecido, devido à sua militância, como o “Malafaia dos católicos” – referência ao pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado de Bolsonaro. “Nós cristãos buscamos a paz, mas não somos pacifistas, porque somos capazes de lutar”, diz o religioso em vídeo republicado pelo presidente em 2019.

Segundo Paulo Ricardo, o direito à legítima defesa é “cristão e moral”, “uma caridade”. Ele já chegou a afirmar que nem todo assassinato é “pecado”.

Padre fez campanha para Bolsonaro em 2018

Nas eleições presidenciais de 2018, o pároco fazia discursos a favor do então candidato de extrema-direita. Em uma missa, ele citou a facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha.

Viralizou, em setembro daquele ano, um vídeo em que ele afirma que tentaram “calar” Jair com o atentado.  “Como você cala a boca das pessoas? Ou você dá uma facada…”. Antes mesmo dele terminar a frase, a plateia entoa gritos de “mito! Mito! Mito!”.

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