Padre indiciado por trama golpista ensina sobre Lúcifer em curso e faz promoção de Black Friday

Atualizado em 23 de novembro de 2024 às 14:33
O padre José Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Reprodução

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe. Apesar da investigação, o religioso promovendo cursos online que custam até R$ 897, abordando temas como “como ler a Bíblia” e “batalha espiritual”.

Um dos módulos inclui aulas sobre “quem é Lúcifer” e “como agem os demônios”, prometendo aos participantes uma vida espiritual “mais vibrante e espirituosa” e ensinando como “se blindar das forças demoníacas”.

Entre os conteúdos oferecidos, José Eduardo também disponibiliza um “seminário de iniciação filosófico-teológica”, descrito como uma comunidade para ajudar os participantes a encontrar respostas em momentos de caos. O curso, que atualmente tem uma fila de espera, é divulgado como um espaço exclusivo para o aprofundamento espiritual e filosófico. Recentemente, os cursos ganharam destaque com promoções de Black Friday, ampliando sua visibilidade.

PF incluiu o padre na lista de 37 pessoas indiciadas no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado para evitar posse de Lula. Foto: Reprodução

No entanto, o padre ainda não esclareceu seu suposto papel no núcleo jurídico que teria apoiado a trama golpista. De acordo com as investigações, ele participou de uma reunião no Palácio do Planalto, onde o plano teria sido discutido. O envolvimento do religioso, conhecido por seu posicionamento político conservador, levanta questionamentos sobre sua influência dentro e fora da igreja.

A defesa de José Eduardo tem apontado abusos na condução das investigações.

Em nota, o advogado Miguel Vidigal criticou as ações da Polícia Federal, alegando que conversas e direções espirituais realizadas pelo padre, protegidas por sigilo, foram acessadas ilegalmente. Segundo ele, essas violações contrariam a legislação e tratados internacionais de direitos humanos.

Enquanto isso, o padre segue ativo em suas plataformas digitais, reforçando seu trabalho como líder espiritual.

As investigações, no entanto, mantêm o foco em sua suposta participação na trama golpista, que teria contado com um núcleo jurídico para articular medidas contra a posse do presidente Lula. A Polícia Federal acredita que o religioso desempenhou um papel relevante nas reuniões relacionadas ao caso. As informações são de Lauro Jardim de O Globo.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line