Indicado ao cargo por sua proximidade com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de quem também é padrinho de casamento, o secretário nacional do Esporte, Marcelo Reis Magalhães, já realizou quase 100 viagens utilizando dinheiro público desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2020. Em nenhum dos registros consta motivo político para os deslocamentos.
De acordo com o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens do Ministério da Economia, das 98 viagens que realizou com verba pública, 94 foram para o Rio de Janeiro. Deste número, 56 vezes – mais da metade – foram em finais de semana ou feriados.
Ele morava no estado antes de assumir o cargo em Brasília, e mesmo tendo residência fixa, gastou cerca de R$ 56 mil apenas com diárias na cidade. No total, R$ 332 mil foram gastos nas viagens do secretário.
Como aponta a Folha de S. Paulo, Marcelo foi nomeado para o cargo após a saída do general Décio Brasil, que disse na época para o jornal que acreditava ter sido dispensado por não ter colocado Magalhães em sua equipe, pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Talvez isso tenha desagradado ao presidente, porque a minha exoneração já foi junto com a nomeação dele para o meu lugar”, relatou Décio, logo após perder o cargo.
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