Paes defende ações de Lula e acusa Castro de “jogo de empurra” na segurança: “Rídiculo”

Atualizado em 1 de dezembro de 2025 às 9:18
O prefeito Eduardo Paes (PSD), o governador Cláudio Castro (PL) e o presidente Lula (PT). Foto: Ricardo Moraes

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), saiu em defesa da atuação do presidente Lula (PT) na segurança pública e criticou o governador Cláudio Castro (PL), afirmando que há um “jogo de empurra absolutamente ridículo” sobre a responsabilidade pela área. A declaração foi feita após a repercussão da megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no fim de outubro nos complexos da Penha e do Alemão. Com informações do Globo.

Durante evento do fórum empresarial do grupo Esfera, Paes afirmou que a segurança pública é atribuição estadual e que o debate precisa ser “clarificado”.

“Se a segurança vai mal, a culpa é do governador do Rio e dos outros estados do país. O que está sendo feito é um jogo de empurra, é absolutamente ridículo. É óbvio que o governo federal e os municípios podem auxiliar, mas a responsabilidade de quem detém o controle do sistema de segurança pública são os governos estaduais. Esse debate precisa ficar claro. O jogo de empurrar tem que ser superado”, disse.

Cotado para disputar o governo do estado em 2026, o prefeito também rebateu críticas feitas durante a megaoperação no Rio, que terminou com 122 mortos, a mais letal da história do país envolvendo forças policiais.

“Todo mundo aqui sabe que eu sou aliado do presidente Lula. Ouvi muito que ele é presidente do Brasil inteiro, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Santa Catarina. Por que só no Rio é culpa dele? Ele não tem responsabilidade sobre os bons números de segurança pública em Santa Catarina? Ele pediu ao governador, Jorginho Mello, para cumprir com as obrigações dele. A Polícia Federal não é a mesma que atua no Rio?”, questionou.

Paes palestra em evento do grupo empresarial Esfera no Rio de Janeiro
Paes palestra em evento do grupo empresarial Esfera no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

Crise entre Castro e governo federal

A operação provocou atritos entre Castro e o Planalto. Logo nas primeiras horas, o governador afirmou estar “sozinho” no enfrentamento ao crime organizado. O ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, respondeu dizendo não ter recebido qualquer pedido de ajuda.

Castro recuou, alegou ter sido “mal interpretado” e, no dia seguinte, lançou com o governo federal um escritório conjunto para combater o crime organizado no estado.