
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), saiu em defesa da atuação do presidente Lula (PT) na segurança pública e criticou o governador Cláudio Castro (PL), afirmando que há um “jogo de empurra absolutamente ridículo” sobre a responsabilidade pela área. A declaração foi feita após a repercussão da megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no fim de outubro nos complexos da Penha e do Alemão. Com informações do Globo.
Durante evento do fórum empresarial do grupo Esfera, Paes afirmou que a segurança pública é atribuição estadual e que o debate precisa ser “clarificado”.
“Se a segurança vai mal, a culpa é do governador do Rio e dos outros estados do país. O que está sendo feito é um jogo de empurra, é absolutamente ridículo. É óbvio que o governo federal e os municípios podem auxiliar, mas a responsabilidade de quem detém o controle do sistema de segurança pública são os governos estaduais. Esse debate precisa ficar claro. O jogo de empurrar tem que ser superado”, disse.
Cotado para disputar o governo do estado em 2026, o prefeito também rebateu críticas feitas durante a megaoperação no Rio, que terminou com 122 mortos, a mais letal da história do país envolvendo forças policiais.
“Todo mundo aqui sabe que eu sou aliado do presidente Lula. Ouvi muito que ele é presidente do Brasil inteiro, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Santa Catarina. Por que só no Rio é culpa dele? Ele não tem responsabilidade sobre os bons números de segurança pública em Santa Catarina? Ele pediu ao governador, Jorginho Mello, para cumprir com as obrigações dele. A Polícia Federal não é a mesma que atua no Rio?”, questionou.
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Crise entre Castro e governo federal
A operação provocou atritos entre Castro e o Planalto. Logo nas primeiras horas, o governador afirmou estar “sozinho” no enfrentamento ao crime organizado. O ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, respondeu dizendo não ter recebido qualquer pedido de ajuda.
Castro recuou, alegou ter sido “mal interpretado” e, no dia seguinte, lançou com o governo federal um escritório conjunto para combater o crime organizado no estado.