Palmeirenses de esquerda divulgam manifesto em apoio ao ex-presidente Lula

Atualizado em 19 de julho de 2022 às 22:11
PorComunas em manifestação na Av.Paulista. Reprodução
O DCM recebeu o manifesto abaixo do PorComunas, grupo de palmeirenses de esquerda. Nele o grupo elenca as razões pelas quais manifesta o apoio ao ex-presidente Lula nas eleições de 2022. Coletivos de esquerda ligados a outras torcidas também estão se mobilizando em pról da campanha do PT. Leia:
Brasil: democracia, comida, trabalho e renda
Vivemos um momento delicado da vida política de nosso país. A eleição que se avizinha nos coloca frente a um dilema: Democracia Social ou a aposta no caos. Não enxergarmos que estamos em uma encruzilhada histórica pode nos custar mais atraso no futuro de nosso país e condenar as futuras gerações a mais pobreza, mais desemprego, mais fome, mais desmatamento; enfim, mais destruição e miséria.
Além disso, estamos vivenciando o recrudescimento da escalada da violência política, já incentivada pelo atual presidente da república desde antes de sua eleição em 2018. O “vamos fuzilar a petralhada” está se materializando na vida real. Lideranças políticas como o tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda; lideranças sociais como Moa do Katende; lideranças sociais/ambientais como Dom Philipe e Bruno Pereira; lideranças indígenas como Zezico Rodrigues Guajajara; e lideranças da luta pela terra como Wesley Flavio da Silva foram assassinadas (e não foram as únicas) sob o comando e sob os sinais dados pelo atual presidente da república: “uma granadinha mata todo mundo”, “sabemos o que temos que fazer até as eleições”. Sem contar dois atentados contra a campanha do ex-presidente Lula (uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro, por ora).
As populações originárias (Quilombolas, Populações Rurais Tradicionais e Indígenas) estão tendo as suas terras invadidas e estão sendo exterminadas pelo garimpo ilegal, tudo com os olhares complacentes e o incentivo do atual governo. O agronegócio devasta seja desmatando ou com queimadas criminosas enormes parcelas dos biomas mais importantes de nosso país (Pantanal e Amazônia), além de utilizar quantidades inimagináveis de agrotóxicos, muitos deles proibidos em outros países. Ao mesmo tempo, a agricultura familiar, que sempre foi a responsável por produzir os alimentos que são consumidos por nosso povo é abandonada. Não por acaso o Brasil voltou a fazer parte do mapa da fome: são 33 milhões de brasileiros sentindo o flagelo do estômago vazio neste momento.
Durante a pandemia de COVID 19, nos momentos de maior necessidade, o atual governo, capitaneado por Jair Bolsonaro, que tem em seus quadros o maior número de militares (inclusive da ativa) desde o período da ditadura, deixou o povo brasileiro à sua própria sorte. O governo de Jair Bolsonaro não comprou vacina a tempo, negou a letalidade da doença, zombou (inclusive imitando uma pessoa com falta de ar) de quem pegou a doença, e de quem morreu vitimado por ela, não protegeu as pequenas e médias empresas, não deu auxílio financeiro aos trabalhadores, que precisaram arriscar suas vidas em ônibus lotados e em ambientes de fácil disseminação da doença. Nesse período, com o Ministério da Fazenda sob o comando de um banqueiro, o ultraliberal Paulo Guedes, corresponsável pela catástrofe que se abateu sobre nosso povo, tivemos apenas os bancos lucrando e como resultado milhares de pequenas empresas quebradas, pequenos e médios empresários endividados e falidos, desemprego e, principalmente, mais de 650 mil vidas de cidadãos brasileiros perdidas pela negligência e pelo negacionismo do atual presidente da república e de seu governo.
A propósito de cortar gastos, o mantra de governos ultraliberais, a Petrobrás vem sendo desmantelada e difamada para, perdendo valor e prestígio, ser definitivamente privatizada (a menina dos olhos do governo norte-americano). Os próximos alvos são os Correios e a Eletrobras.
Entendemos que o que está em crise é o sistema capitalista, uma crise de reprodução e de acumulação. Nunca se ganhou e se acumulou tanto, mas ao mesmo tempo, um exército gigantesco de trabalhadores é jogado na miséria e na fome. O sistema, que precisa se reproduzir enfrenta seu dilema: como fazê-lo com esse exército de miseráveis que, a qualquer momento, se rebelará contra seu algoz? A saída escolhida foi a de prescindir da democracia. A cada dia vemos governos (representantes do capital) recrudescerem a repressão, com discursos e práticas fascistas (o presidente do Brasil é simpatizante de movimentos neonazistas), abrindo mão da democracia, se aproximando do autoritarismo político, reprimindo e subjugando seu próprio povo.
As tragédias sociais que assistimos são fruto de um sistema cada dia mais predatório e antinatureza, daí que enchentes, desmoronamentos e/ou secas são cada dia mais frequentes e letais. Fome, desemprego, drogas e moradores de rua estão não mais só no cotidiano das grandes cidades, hoje estão espalhadas por todos os cantos de nosso país. Vivemos uma crise de nosso padrão de consumo, uma crise da superexploração humana e do planeta.
Dessa forma, não podemos nos omitir, precisamos já no primeiro turno eleger um governo comprometido com os trabalhadores, que busque retomar o crescimento de nosso país, comprometido com a geração de emprego e de renda e com o combate à fome e à miséria.
Além disso, precisamos de um governo que tenha um olhar para o futuro, que enxergue que é urgente retomar o desenvolvimento de nosso país, porém empreendendo enormes esforços para não comprometer o meio ambiente; que enxergue que nosso bioma é fonte de riqueza e que precisa ser preservado; que as novas tecnologias e novas ocupações precisam ser exploradas, mas que para isso precisamos de educação de qualidade e de investimento em ciência e tecnologia.
Precisamos de um governante que tenha compromisso com a democracia, que saiba que o Brasil tem um importante papel a jogar nas relações internacionais, com uma política voltada ao multilateralismo, que olhe para nossos vizinhos como parceiros, que não fale alto com os menores e se dobre aos maiores, enfim, um governo que retome o protagonismo internacional de nosso país, com uma postura ativa e altiva.
Um governo que seja permeável às pautas dos movimentos sociais, que os escute, os atenda, os respeite. Um governo que ouça e respeite o diverso, que governe com, e para, o movimento LGBTQIA+, o Movimento Negro, o Movimento Sem Terra, com os Movimento de Mulheres: um governo democrático e popular.
Enfim, precisamos eleger, já no primeiro turno, um presidente que lidere a reconstrução de nosso país.
Dessa forma, nós, Palmeirenses de Esquerda, Antifascistas, Comunistas, Socialistas, Democratas e Progressistas – identificados e unidos também pelo futebol, esporte popular e de massas, que arregimenta o povo pobre, negro e de periferia, não só entre os torcedores, mas também entre seus praticantes, que não aceitamos a fome, a miséria, a discriminação, o autoritarismo e o apartheid social – assinamos esse manifesto de compromisso de luta pela vitória de um presidente que reconstrua o Brasil sobre as bases da democracia, sem fome, com seu povo trabalhando e com renda.
E nesse momento só uma candidatura a presidente tem, além de um projeto de reconstrução para o Brasil, sobre as bases que propomos e acreditamos, as condições de derrotar o fascismo já no primeiro turno. E esse projeto é liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Brasil urgente, Lula presidente!
Assinam este manifesto:
1 – Luiz Gonzaga Belluzzo – economista – Porcomunas
2 – Ademir Castellari – sociólogo – Porcomunas
3 – Wanderlei Laurino – gráfico – Porcomunas, Movimento Palestra Sinistro e Ocupa Palestra
4 – Fernando Miller – advogado – Porcomunas
5 – Marcos Antonio Gama – conselheiro do Palmeiras e fundador do Porcomunas
6 – Fernando de Freitas – publicitário – Porcomunas
7 – Oswaldo Malatesta – cientista social – Porcomunas
8 – José Carlos dos Santos – petroleiro aposentado – Porcomunas
9 – Yuri Bassichetto Tambucci – antropólogo – Porcomunas
10 – Fernando Borgonovi – jornalista – Porcomunas.
11 – Camila Pinheiro – advogada – Porcomunas
12 – Marcus Vinicius Cavalcante Dantas – advogado – Porcomunas
13 – Paula Zanotti – Designer – Porcomunas
14 – Marcus Vinícius Oscar Oliveira – turismólogo – Porcomunas
15 – Luigi Berzoini – Estudante – Porcomunas
16 – Caio Santarosa – produtor audiovisual – Porcomunas
17 – Carlos Henrique Toffoli – propagandista – Porcomunas
18 – Maurício Serrano Falavigna – redator – Porcomunas
19 – Tito Trigo – designer – Secretário de Organização do Comitê de Cultura do PCdoB-SP
20 – Carlos Roberto Rodrigues Filho – Servidor Público – Porcomunas
21 – Edson Luiz Torrisi – Servidor Público- Porcomunas
22 – Emerson de Paula Cândido – auxiliar Administrativo – Porcomunas
23 – Francisco Carlos Toffoli – aposentado. – (sem referência)
24 – Paula Regina Carvalho Dantas – Enfermeira – (sem referência)
25 – Fernando Sato – casadalapa, Birico.arte, Frente 3 de Fevereiro, Jornalistas Livres
26 – Robson Alves Moreira – Médico Veterinário – Porcomunas
27- Thomaz Ferreira Jensen – economista – Porcomunas
28 – Felipe Fiume – bancário – Porcomunas
29 – Luiz Américo Souza De Martino – contador – Porcomunas
30 – Laís Záu Serpa de Araujo – professora universitária – Porcomunas
31 – José David de Souza Santos Júnior – geógrafo – Porcomunas
32 – João Filho – sociólogo e Jornalista – Porcomunas
33 – Lucas Onofrio – jornalista e produtor audiovisual – Porcomunas
34 – João Víctor de Oliveira – publicitário – Porcomunas
35 – Lindiane Costa Seno – advogada – Porcomunas
36 – Filipe Augusto Maciel Dias – advogado – Porcomunas
37 – Daniel Ferraz – músico – Porcomunas
38 – Flor Almeida – gestora pública – Porcomunas
39 – Silvio Martins – aposentado – Porcomunas
40 – Sergio Sanchez – PT Macro, Região Ribeirão Preto
41 – Wellinton Lenzi – designer – Porcomunas
42- Joao Ricardo Guimarães Caetano – engenheiro agrônomo – Porcomunas
43 – Mariana Mandelli – antropóloga e jornalista – Porcomunas
44 – Rodrigo De Giuli – jornalista e historiador – Porcomunas
45 – Rodney Brocanelli – jornalista – Porcomunas
46 – Vitor Hideki Antonio Sato – analista jurídico – Porcomunas
47 – Salatiel Afonso -vendedor- Porcomunas
48 – Kristine Bruscatto – Farmacêutica-bioquímica – Porcomunas
49 – Felipe Bianchi, jornalista e Porcomunas
50 – Lourdes Martinez – professora aposentada- PC do B Mogi das Cruzes
51 – Débora Fonseca – bancária e Porcomunas
52 – Humberto Chacur, Engenheiro Agrônomo – Palestra Socialista
53 – Nildo Ferreira da Silva, Cineasta, Palestra Socialista
54 – Andre Luis, professor, Palestra Socialista
55 – João Pedro Magro, Engenheiro Agrônomo, Palestra Socialista
56 – Brunno Manfrim Dalossi, Servidor Público, Palestra Socialista
57 – Marco Aurélio Arruda Rocha, Servidor Público,  Palestra Socialista
58 – Diego Silva, Pesquisador, Porcomunas
59 – Luis Pinheiro – Servidor Público – Palestra Socialista
60 – Severino Ramos de Moura – Movimentos Sociais Zona Sul SP
61 – José Maria Barbosa De Jesus, Professor, Aposentado
62 – Luisa Re, Pedagoga
63 – Orisvaldo Quiquinato, Contador, Palestra Socialista
64 – Marcelo Augusto Totti, Professor Universitário, Palestra Socialista
65 – Paola Rodrigues Samora – Geógrafa, ambientalista, Porcomunas.
66 – José Samora – Administrador, Porcomunas
67 – Pedro Jorge Courbassier, Palestra Socialista
68 – Antonio Fuzer, professor, Palestra Socialista
69 – Flávio de Campos- Historiador Professor da USP
70 – Adriana Karla Amorim – Química e Professora e Pesquisadora da UNIFESP
71 – Tadeu Loibel – Servidor Publico
72 – João Sérgio da Silva Costa – Analista de Sistemas
73 – Maria Laura Conti Nunes – advogada e jornalista
74 – Roberto Dolci – Advogado e Empresário